Pristina A maioria albanesa do Kosovo foi às urnas e elegeu um ex-líder da guerrilha separatista para ocupar o governo da província sérvia, com a missão de conduzi-la o mais rápido possível à independência, às vésperas de uma crucial negociação com Belgrado na próxima semana.
O Partido Democrático do Kosovo (PDK), de Hashim Thaci, ex-líder político do Exército de Libertação do Kosovo (UCK) que lutou contra as forças sérvias na guerra de 1998-1999, foi o mais votado nas eleições gerais de sábado.
Com 34% dos votos, o PDK superou em mais de dez pontos a Liga Democrática do Kosovo (LDK) fundada pelo falecido presidente Ibrahim Rugova, que governou o Kosovo quando a guerra acabou , que obteve 22% das preferências.
Isso confere ainda mais importância à reunião que sérvios e kosovares terão dentro de três dias em Bruxelas. Após outros três encontros fracassados, este é considerado crucial para o futuro status da província sérvia, atualmente administrada pelas Nações Unidas.
Os kosovares ameaçaram proclamar a independência unilateralmente caso não se chegue a um acordo.
A Sérvia é contra a independência do país, cuja população é 90% albanesa, mas que é considerado por Belgrado como o berço da cultura e da história sérvias. Os 100 mil sérvios que ficaram no Kosovo após o fim da guerra boicotaram a votação.
Em relação à reunião de Bruxelas, a imprensa sérvia dava a entender que a posição de Thaci, classificado por Belgrado como um criminoso de guerra, não é tão forte quanto parece. Como o partido de Thaci não conseguiu a maioria absoluta, deve ser obrigado a estabelecer uma coalizão com o rival LDK.
Este, aliás, é o desejo da comunidade internacional. As duas agremiações dominam a vida pública kosovar, e unidos poderiam controlar melhor suas bases após a importante reunião na capital belga.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo