O ex-secretário de Estado dos EUA Colin Powell disse na quarta-feira que o Iraque entrou em uma guerra civil e pediu aos líderes mundiais que aceitem essa "realidade''.

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Os comentários de Powell foram feitos antes de uma reunião prevista entre o presidente dos EUA, George W. Bush, e o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, na capital jordaniana para discutir o progresso da segurança no Iraque. A reunião acabou sendo adiada.

- Eu chamaria de guerra civil - disse Powell em um fórum empresarial nos Emirados Árabes Unidos. - Eu tenho usado essa expressão (guerra civil) porque gosto de enfrentar a realidade - acrescentou o ex-chanceler, responsável pela apresentação na ONU, em 2003, dos motivos que justificariam pouco depois a invasão do Iraque.

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Ele disse que os líderes mundiais deveriam admitir que o Iraque está em guerra civil.

Bush negou na terça-feira que a violência sectária tenha chegado ao nível de guerra civil. Ele disse que a mais recente onda de violência faz parte de um padrão de nove meses de ataques por parte de militantes da Al-Qaeda, que tem o objetivo de fomentar a tensão sectária.

Stephen Hadley, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, levantou sérias dúvidas sobre a capacidade de governar do atual primeiro-ministro iraquiano , Nuri al-Maliki, segundo informou o jornal "New York Times" na edição desta sexta-feira.

O presidente americano está sob crescente pressão para encontrar uma nova política para acabar com a disputa sectária no Iraque e para garantir a saída de 140 mil militares dos EUA.

Powell disse que Washington deveria adotar uma política mais equilibrada em relação aos partidos e facções políticas do Iraque para evitar a marginalização dos muçulmanos sunitas.

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- Temos que aceitar o que todos os iraquianos aceitam, não acabar vendo um regime dominado pelos xiitas - disse ele. Powell, no entanto, afirmou que os soldados têm que continuar seu trabalho no Iraque até que sua missão esteja completa, mas que não devem permanecer por muito tempo.