O ex-secretário de Estado americano Colin Powell reservou palavras elogiosas para o presidente Barack Obama, mas afirmou que deseja "manter a pólvora seca", enquanto avalia que candidato apoiará na eleição presidencial de novembro.
Powell, que foi inclusive considerado um potencial candidato à Casa Branca e que apoiou Obama na eleição de 2008, quando o chamou de "figura de transformação", disse que o presidente cumpriu em grande medida a expectativa.
"Ele fez algumas coisas que eu gostaria que não fizesse. Por exemplo, deixar Guantánamo aberto. Eu teria fechado rapidamente. Ele tentou. Foi parado pelo Congresso", disse Powell no programa "Today Show" do canal NBC.
"Estabilizou o sistema financeiro. Trouxe certa estabilidade à economia. Ajustou a indústria automotiva. Acredito que nos tirou - mas não completamente - mas nos tirou do problema mais difícil que enfrentamos neste momento, que foi uma economia que estava em colapso e está melhorando, mas não de maneira suficientemente rápida".
Powell admitiu, no entanto, que ainda não decidiu se vai apoiar a reeleição do presidente democrata ou o candidato republicano Mitt Romney, um empresário milionário e ex-governador de Massachusetts, que baseia sua plataforma em recuperar a economia.
"Eu sempre mantenho minha pólvora seca, como dizem os militares", afirmou Powell, um general da reserva que foi comandante do Estado-Maior Conjunto - o maior posto nas Forças Armadas americanas - e conselheiro de Segurança Nacional.
Uma de suas aparições públicas mais lembradas foi o comparecimento ao Conselho de Segurança da ONU para defender um ataque ao Irã, que supostamente tinha armas de destruição em massa que nunca foram encontradas.
"Conheço Mitt Romney há muitos anos. Um bom homem", disse Powell, antes de destacar que "não se trata apenas de apoiar Obama ou Romney, mas quem os acompanha" caso vençam em novembro.
"Estou ouvindo o que dizem os republicanos sobre o que farão para solucionar os problemas fiscais que temos, para recuperar a economia, antes de dar meu apoio".