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O Ministério da Saúde indicou quatro hospitais de referência no Paraná para o tratamento de pacientes com suspeita de contaminação com o vírus da gripe suína:
Curitiba
Hospital do Trabalhador: (41) 3212-5709
Hospital de Clínicas: (41) 3360-1805
Londrina
Hospital Universitário: (43) 3371-2229
Foz do Iguaçu
Hospital Ministro
Costa Cavalcanti: (45) 3576-8082
Disque Saúde
O Ministério da Saúde também disponibiliza um serviço para tirar dúvidas sobre a gripe suína pelo número 0800 61 1997. A ligação é gratuita para todo o Brasil.
Fonte: Ministério da Saúde
Paciente com suspeita da doença em Curitiba pode ser liberada
A paciente internada em Curitiba suspeita de ter contraído gripe suína pode receber alta hoje do hospital particular em que está isolada para tratamento. De acordo com o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Moacir Gerolomo, a paciente já não apresenta febre, o que indica que o vírus não está mais no organismo. "O fato de ela estar sem febre aponta que não há mais risco de transmissão, por isso ela pode retornar para casa", respondeu Gerolomo, ao ser questionado se não seria necessário aguardar o resultado do exame da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, antes de liberá-la.
Curitiba - O Paraná possui 22 leitos hospitalares no sistema de isolamento reservados para tratar de eventuais pacientes sob suspeita de contaminação do vírus Influenza, que transmite a gripe suína.
Os leitos estão divididos em quatro hospitais de referência do estado: dois em Curitiba (Hospital do Trabalhador, com oito leitos, e Hospital de Clínicas, com três); um em Londrina (Hospital Universitário, dez leitos); e um em Foz do Iguaçu (Hospital Ministro Costa Cavalcanti, um leito).
De acordo com a direção dos hospitais, a capacidade das alas poderá ser ampliada caso haja necessidade de atendimento de um número maior de pacientes.
Segundo infectologistas, esses hospitais possuem estrutura física adequada e capacidade técnica para lidar com contaminações dessa natureza.
O doutor em medicina interna e consultor do Ministério da Saúde na área de infectologia, José Luiz de Andrade Neto, explica que diante do dado epidemiológico de um grande risco de contaminação, o corpo médico dos hospitais recebe um sinal de alerta de que pode estar diante de uma infecção diferente.
"Os médicos ficam avisados que a doença pode chegar ao país e devem ficar atentos ao fator epidemiológico, com atenção especial para o diagnóstico. Uma vez detectada a doença eles passam a adotar as medidas estabelecidas pelas autoridades sanitárias", explica Andrade Neto, que também é professor de infectologia na Universidade Federal do Paraná.
O infectologista afirma que, embora o vírus da influenza suína seja mais letal que o da gripe comum, a doença não exige que o paciente fique sob isolamento reverso uma espécie de bolha que elimina o contato do doente com o mundo externo.
"O caso da gripe suína requer somente um espaço que possibilite o isolamento respiratório e o isolamento de contato", explica. O isolamento respiratório envolve o uso de máscara cirúrgica para evitar a contaminação pelas vias respiratórias e o isolamento de contato é um procedimento em que médicos e enfermeiros trajam um paramento com luvas cirúrgicas, gorro, máscaras, óculos, avental, calça e blusa em uma ante-sala, evitando levar o vírus para fora da ala de isolamento.
"É inquestionável a capacidade desses hospitais para lidar com esse tipo de caso", assegura Andrade Neto.
Segundo uma enfermeira que trabalha no setor de infectologia do Hospital do Trabalhador, a equipe que atua na área de isolamento recebeu treinamento e alguns procedimentos específicos estão em andamento, com controle de fluxo, escala de funcionários restritos e disponibilização de kits de proteção para os profissionais que eventualmente tenham contato com os infectados. "Estamos em alerta", garante.
A médica infectologista Flávia Trench, coordenadora do serviço de controle de infectologia hospitalar do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, de Foz do Iguaçu, explica que a contaminação se dá apenas através de contato com a tosse, espirro ou muco (catarro e secreções) de pacientes contaminados.
"O procedimento de isolamento não oferece nenhuma dificuldade em relação a patologias que tem atendimento rotineiro em um hospital convencional, como casos de tuberculose e meningite bacteriana", explica.A médica ressalta que, sob qualquer hipótese, o isolamento deve ser individual para evitar que pacientes com o vírus contamine outros que, mesmo sob suspeita, não tenham sido contaminados.