A mãe do jornalista japonês Kenji Goto, sequestrado pelo Estado Islâmico (EI), fez nesta sexta-feira (23) um apelo pela libertação de seu filho, no último dia do prazo dado pelo grupo jihadista para a execução dele. "Por favor, salvem a vida de Kenji", pediu Junko Ishido ao governo do Japão. "Membros de EI, por favor, libertem-no. Ele não é seu inimigo."
Durante o apelo, Junko dirigiu-se ao grupo jihadista para ressaltar que o artigo 9º da Constituição japonesa proíbe a intervenção do país em conflitos bélicos. "Kenji é uma pessoa com um forte sentido de justiça. Se o libertarem, vai se dedicar a trabalhar para o futuro da Terra e das crianças", alegou. "Meu filho sempre foi gentil desde pequeno e dizia que queria salvar a vida das crianças na guerra. Trabalhava de um ponto de vista neutro sobre os conflitos."
No vídeo, divulgado na terça-feira na internet, o EI ameaça executar os reféns japoneses Haruna Yukawa e Kenji Goto, se não receber o pagamento de US$ 200 milhões no prazo de 72 horas. O governo do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, garante que não recebeu nenhum contato direto por parte do EI em relação a prazos concretos, mas considera que o ultimato se encerrou na madrugada de ontem.
Yukawa, um viúvo de 42 anos, foi sequestrado em meados de agosto quando supostamente dava assistência logística para um grupo rebelde envolvido na guerra civil da Síria e rival do EI. Goto, de 47 anos, foi para o território sírio controlado pelo EI no início de outubro com a intenção de cobrir o conflito no terreno. O jornalista retornaria ao Japão no dia 29 de outubro, mas foi sequestrado dias antes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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