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Imagem de arquivo do republicano Ben Carson, responsável por discurso polêmico contra muçulmanos | CHRIS KEANE/REUTERS
Imagem de arquivo do republicano Ben Carson, responsável por discurso polêmico contra muçulmanos| Foto: CHRIS KEANE/REUTERS

O pré-candidato republicano Ben Carson não vai se desculpar após ter declarado que muçulmanos não são aptos a serem presidente dos Estados Unidos, informou seu assessor nesta segunda-feira (21).

Em um programa da rede NBC, Carson sugeriu no domingo que a fé islâmica é inconsistente com os princípios americanos.

“Eu não defenderia que colocássemos um muçulmano no comando desta nação. Eu absolutamente não concordaria com isso”, disse o neurocirurgião aposentado.

Os comentários de Carson, que está perto do topo das pesquisas de opinião dos candidatos republicanos, vêm após a controvérsia que desencadeou quando o primeiro colocado Donald Trump recusou-se a desafiar declarações antimuçulmanas feitas por um simpatizante na sexta-feira.

“Ele (Ben Carson) estava pensando como alguém que ama os Estados Unidos em primeiro lugar, que quer proteger o país. Ele entende que existem princípios do Islã que odeiam os judeus, que matam homossexuais, que não defendem os sistemas de crenças e valores que fizeram dos Estados Unidos o país que é hoje”, justificou o assessor Armstrong Williams à CNN.

Questionado se essas opiniões se aplicavam apenas a extremistas, Williams disse que seu candidato “não estava tentando ser politicamente correto”.

Carson, um cristão que diz ter adquirido da Bíblia as principais ideias de suas propostas tributárias, disse acreditar que a fé de um presidente dos EUA deveria ser “consistente com a Constituição”. Perguntado se ele avaliava que o Islã cumpre essa condição, o neurocirurgião respondeu: “Não, não acho”.

O maior grupo de direitos civis muçulmanos condenou Carson por essa declaração, que, segundo o grupo, deveria desqualificá-lo da disputa presidencial porque a Constituição dos EUA proíbe testes religiosos para cargos públicos.

Na sexta-feira, o magnata Donald Trump não corrigiu um eleitor que chamou o presidente Barack Obama de muçulmano e estrangeiro durante um evento em Rochester, no estado de New Hampshire, o que gerou mais críticas contra o polêmico candidato.

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