Uma quarta mulher acusou de assédio sexual o pré-candidato republicano Herman Cain, nesta segunda-feira (7), em uma entrevista coletiva concedida na cidade de Nova York.
Sharon Bialek, uma loura de cabelos compridos e mãe de um menino de 13 anos, afirmou que Cain a assediou durante uma reunião em julho de 1997, em Washington, quando pedia ajuda do empresário para conseguir um trabalho.
A denúncia complica a situação de Cain, envolvido em um crescente escândalo que ameaça acabar com suas pretensões de chegar à Casa Branca.
"Não queria estar aqui hoje e não estaria se não fossem as outras três mulheres que denunciaram Cain de assédio sexual", afirmou Bialek, que estava acompanhada da conhecida advogada feminista Gloria Allred.
Bialek leu uma declaração afirmando que Cain "meteu a mão sob sua saia e puxou sua cabeça para aproximá-la do seu sexo quando os dois estavam em um carro, após um jantar". O incidente ocorreu há quase 15 anos.
"Senhor Cain, apenas admita que fez isto. Admita que teve um comportamento impróprio", disse a mulher, que falou em "nome de todas as mulheres assediadas sexualmente".
Cain, que lidera as pesquisas ao lado do governador de Massachussets, Mitt Romney, afirma que é inocente das acusações de assédio sexual, que teriam ocorrido quando era presidente da Associação Nacional de Restaurantes (NRA), entre 1996 e 1999.
Defesa
Nesta segunda-feira, Cain acusou a advogada Allred de "fazer mais falsas acusações", e garantiu que "jamais assediou alguém sexualmente". "Todas as acusações contra mim são completamente falsas".
Outras duas mulheres, que trabalhavam na Associação Nacional de Restaurantes, acusaram Cain de assédio sexual, e o caso foi resolvido com acordos financeiros, de 35 mil e 45 mil dólares, quando o empresário presidia a instituiçãos.
O advogado de uma das vítimas confirmou na semana passada que a mulher resolveu o assunto com "um acordo financeiro".
Uma terceira mulher também revelou ter sido objeto de comportamento impróprio por parte de Cain.
Na semana passada, Cain admitiu que houve acordo financeiro com uma funcionária da Associação Nacional de Restaurantes envolvendo uma denúncia.
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