A falta de material e de equipes de salvamento e a dificuldade de acesso estão dificultando o resgate das pessoas presas entre os edifícios derruídos pelo terremoto de 7,2 graus de magnitude que sacudiu neste domingo o leste da Turquia e afetou especialmente a cidade de Ercis.

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A rede de televisão "NTV" mostrou imagens desta cidade, de 75 mil habitantes e na qual pelo menos 25 edifícios caíram, segundo dados do vice-primeiro-ministro turco, Besir Atalay.

"Onde está o Estado, onde está o Governo? Há centenas (de pessoas) sob os edifícios. Estão morrendo, queremos que os recuperem, só isso", denunciou um morador da cidade para as câmeras da "NTV"

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Outra testemunha mostrou ao canal os restos de um edifício de sete andares e afirmou que muita gente está presa em seu interior e que será necessária maquinaria pesada para resgatá-los.

O prefeito da cidade, Zülfikar Arapoglu, afirmou que há "muitos mortos e feridos" e pediu ajuda urgente. "Precisamos de tendas de campanha urgentemente e equipes de resgate. Não temos ambulâncias e só há um hospital", alertou.

O Governo turco já enviou três aviões do Exército com material médico e de emergência e outras aeronaves particulares foram fretadas para levar ajuda à região.

Analistas do Centro Sismológico Kandilli da Universidade do Bósforo de Istambul advertiram que o tremor pode ter causado entre 500 e mil mortos.

Segundo a agência de notícias "Cihan", 30 pessoas morreram no distrito de Ercis, enquanto o canal "CNNTürk" fala de um total de 85 vítimas, mas ainda não há dados oficiais do número de vítimas.

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Em Van, a capital da província de mesmo nome, pelo menos dez edifícios teriam caído devido ao terremoto, que os sismólogos acreditam ter acontecido muito perto da superfície, a cerca de cinco quilômetros de profundidade, por isso, em seu epicentro, foi sentido como um terremoto de entre 8 e 9 graus.

A agência "Anadolu" declarou que 50 feridos foram transferidos ao hospital de Van, mas não ofereceu detalhes sobre seu estado.

Em declarações ao canal "HaberTürk", o prefeito de Van, Bekir Kaya, afirmou que há "entre 50 e 60 mortos".

Tanto o Governo como a Cruz Vermelha falaram sobre as dificuldades para chegar a todas as cidades da área afetada pelo terremoto, devido à difícil geografia do local.

Foram informados cortes na provisão elétrica na região, onde as temperaturas poderiam descer esta noite até 0 grau centígrado.

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