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Obama, Michelle e as filhas Malia (à esq.) e Sasha se despedem do público em Charlotte, ao fim da convenção democrata |
Obama, Michelle e as filhas Malia (à esq.) e Sasha se despedem do público em Charlotte, ao fim da convenção democrata| Foto:

Repercussão

Obama quer Clinton como seu "secretário explicador das coisas"AFP

O presidente dos EUA, Barack Obama, brincou ontem ao dizer que o ex-presidente Bill Clinton, de 66 anos, deveria ser seu "secretário explicador das coisas", após um aclamado discurso na Convenção Democrata.

O discurso de Clinton em Charlotte, durante a Convenção Democrata, foi considerado até por republicanos como um resumo magistral dos argumentos eleitorais e da presidência de Obama, e o ex-presidente pode ser convocado para acompanhar Obama no palanque em alguns estados-chave.

"O presidente Clinton apresentou as coisas de uma maneira que apenas ele sabe fazer. Alguém me escreveu um email após o discurso e me disse: ‘peça a ele para ser seu secretário explicador das coisas’", brincou Obama em New Hampshire. "Me parece realmente bom. Gostei. ‘Secretário explicador das coisas’", destacou Obama sobre Bill Clinton, que goza de grande popularidade nos EUA.

O presidente americano, Barack Obama, disse ontem que o último relatório oficial que indica que a economia dos EUA criou apenas 96 mil postos de trabalho no último mês "não é suficientemente bom".

Em sua primeira atividade de campanha depois de seu discurso na Convenção Democrata que o proclamou candidato à reeleição, Obama observou que havia criado novos empregos durante 30 meses consecutivos, enquanto que quando assumiu o governo em 2009 eram perdidos 800 mil postos ao mês.

"Não é bom o suficiente. Precisamos criar mais empregos, mais rapidamente. Temos de tapar o buraco criado por essa recessão com mais rapidez", disse Obama durante ato de campanha em Portsmouth, New Hampshire.

Na noite de quinta-feira, a última da Convenção Nacional Democrata, Obama – que herdou em 2008 uma grande crise econômica – pediu "paciência", reconhecendo que os indicadores "não ficarão positivos de um dia para o outro".

"A verdade é que precisamos mais do que alguns anos para resolver os problemas que se acumularam ao longo de décadas", disse na noite de quinta-feira diante de milhares de delegados de seu partido, no último dia da Convenção Nacional Democrata, em Charlotte, na Carolina do Norte.

"Mas saibam que (...) os nossos problemas podem ser resolvidos. Nós podemos superar as dificuldades. O caminho que propomos pode ser mais difícil, mas nos leva a um mundo melhor", assegurou o presidente.

Repercute

A economia americana criou apenas 96 mil postos de trabalho em agosto, segundo dados divulgados pelo governo. No entanto, de acordo com o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, os EUA precisam de 100 mil a 110 mil novos postos de trabalho por mês para manter a taxa de desemprego estável e evitar que ela aumente.

O anúncio jogou "água fria" na campanha de Obama depois do fim da Convenção Democrata, onde ele tentou convencer que a "mudança é possível".

"Se ontem à noite foi festa, esta manhã é a ressaca", brincou, alguns minutos após o anúncio, o candidato republicano à Casa Branca, Mitt Romney.

"As promessas e a política do presidente Barack Obama não deram certo", acrescentou em um comunicado.

O republicano, que deve sua imensa fortuna a seu fundo de investimento Bain Capital, concentrou sua campanha na economia, enfatizando sua experiência no setor privado. Na Convenção Republicana no final de agosto, em Tampa, na Flórida, ele prometeu criar 12 milhões de empregos, se eleito.

A primeira-dama Michelle Obama cativou, o ex-presidente Bill Clinton entusiasmou e o vice-presidente Joe Biden comoveu, mas, no último dia da convenção, o discurso do presidente Barack Obama acabou decepcionando, de acordo com analistas nos EUA.

Eastwood diz ter improvisado discurso com cadeira vaziaAFP

Clint Eastwood decidiu no último minuto acrescentar uma conversa com uma cadeira vazia, simulando falar com o presidente norte-americano Barack Obama, quando fez seu discurso na Convenção Republicana na semana passada, disse o ator em uma entrevista ontem.

Em seu primeiro comentário público depois do furor que sua apresentação causou, o ícone de Hollywood disse que tinha deixado claro aos assessores do candidato republicano, Mitt Romney, que ia fazer o que quisesse.

"Eles examinam o que a maioria das pessoas vão dizer... mas eu disse a eles: ‘Não podem fazer isso comigo porque eu não sei o que vou dizer’", afirmou Eastwood ao jornal Carmel Pine Cone.

"Queria demonstrar três pontos: que nem todo mundo em Hollywood é de esquerda, que Obama quebrou muitas das promessas que fez quando assumiu o governo e que as pessoas devem se sentir livres para criticar qualquer político que não esteja fazendo um bom trabalho. Mas não tinha muito claro o que ia dizer", afirmou.

O ator e diretor de 82 anos esboçou seu discurso pouco antes de ir à convenção em Tampa, na Flórida. A ideia do bate-papo com a cadeira vazia, em que conversou com um Obama invisível, lhe ocorreu quando aguardava nos bastidores, pouco antes de sua participação. "Havia uma cadeira ali e um cara me perguntava continuamente se queria me sentar", disse Eastwood, ganhador de quatro prêmios Oscar.

"Então tive a ideia. Co­locarei a cadeira no cenário e conversarei com o senhor Obama, perguntando a ele por que não cumpriu as promessas que fez a todo mundo". Finalmente, a lenda de Hollywood roubou a cena da convenção republicana, mas talvez não como esperava: não recebeu críticas muito boas pela encenação, considerada ridícula pelos colegas em Hollywood.

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