A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou nesta terça-feira que deseja criar um campo de refugiados na capital francesa, onde as autoridades se veem obrigadas a desmantelar acampamentos informais com frequência por motivos de segurança e de saúde.
A prefeitura está analisando “diferentes locais para ver em quanto tempo poderemos colocá-los à disposição do Estado”, disse a prefeita em uma entrevista coletiva.
ONU contabiliza mais de 2.500 migrantes mortos no Mediterrâneo em 2016
Leia a matéria completa- Escravidão moderna atinge 45,8 milhões de pessoas no mundo, diz ONG
- Fome obriga iraquianos a correr todos os riscos para fugir de Fallujah
- Povoado rico na Suíça prefere pagar multa de R$ 1 milhão a receber dez refugiados
- Para Trump, imigrantes ilegais têm tratamento melhor do que veteranos das Forças Armadas
A prefeita afirmou que a situação atual é insustentável na cidade e citou como exemplo um campo ilegal de refugiados criado há alguns dias na zona norte de Paris, onde quase 800 pessoas estão instaladas em condições difíceis.
Nesta terça-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) revisou para 880 o número de imigrantes e refugiados mortos tentando cruzar o mar Mediterrâneo na semana passada. A Organização Internacional para Migrações (OIM) contabilizou um número ainda maior, de mais de mil óbitos.
Este ano “está se mostrando particularmente mortal” devido às 2.510 vidas perdidas em barcos que naufragaram ou viraram — foram 1.855 no mesmo período de 2015, disse o porta-voz do Acnur William Spindler.
“Atualmente, (os traficantes de pessoas) estão colocando muitas pessoas em barcos que mal podem navegar e que em muitos casos não foram feitos para essa travessia. O que acontece é que, assim que partem, eles pedem socorro e as equipes de resgate vão e os resgatam”, afirmou Spindler em um comunicado à imprensa. “É uma corrida contra o tempo chegar lá antes que os barcos afundem, em alguns casos já é tarde demais”.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião