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O prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, confirmou nesta quinta-feira (23) sua intenção de concorrer à presidência do país nas eleições de outubro. Larreta é um dos principais nomes da oposição ao presidente da Argentina, Alberto Fernández.
"Quero ser presidente para que juntos acabemos com o ódio e transformemos nosso país para sempre", escreveu o político de 57 anos em suas redes sociais, junto a um vídeo de dois minutos e meio no qual explica suas motivações.
"Muitos me perguntam se eu sonho em chegar a ser presidente. Seria uma honra, é claro, mas não é um lugar ao qual se chega. A presidência deve ser o começo do caminho da grande transformação, que não será realizada por um grupo de iluminados ou um líder carismático. Apostamos no carisma há anos e veja como estamos", ironizou.
Larreta, integrante do Proposta Republicana (PRO), partido ao qual também pertence o ex-presidente Mauricio Macri, que comandou a Argentina entre 2015 e 2019.
Larreta é nascido em Buenos Aires e economista por profissão e comanda a capital argentina desde 2015. A carreira política do prefeito começou em 1993, quando durante o governo do peronista Carlos Menem fez parte da Subsecretaria de Investimentos do Ministério da Economia.
Dois anos depois, foi nomeado gerente-geral da Administração Nacional de Seguridade Social e, em 1998, passou a atuar como subsecretário de Políticas Sociais. Já em 2000, durante o governo de Fernando de La Rúa, foi nomeado interventor do Programa de Assistência Médica Integral e em 2001 passou a presidir o Instituto de Previsão Social da província de Buenos Aires.
No final de 2001, foi nomeado titular da Direção Geral de Impostos e, após a grave crise econômica, política e social que abalou o país, ingressou na política partidária pelas mãos de Macri, com quem em 2005 fundou o PRO.
Dentro do partido outras lideranças da oposição podem apresentar pré-candidaturas, como a ex-governadora de Buenos Aires, María Eugenia Vidal, a presidente do PRO, Patricia Bullrich e o próprio Macri.
A Argentina realizará eleições primárias no próximo de agosto e nelas cada coalizão poderá apresentar uma ou mais listas de pré-candidatos, embora apenas a mais votada em cada coalizão possa competir nos pleitos gerais de outubro.