O prefeito da cidade de Lviv negou neste domingo afirmações da mídia sobre racismo na Ucrânia e rejeitou apelo de um grupo judeu de direitos humanos para que fossem evitados alguns restaurantes na cidade sob alegação de que são anti-semitas.
Lviv é uma das quatro cidades ucranianas a sediar jogos. Na preparação para o torneio, as mídias britânica e alemã falaram em racismo generalizado no país e mencionaram torcedores do time local de futebol Karpaty Lviv, conhecidos por portar bandeiras nazistas nos jogos.
O prefeito Andriy Sadovyi irritou-se quando questionado sobre as declarações da organização judaica de direitos humanos Simon Wiesenthal Center para que dois restaurantes sejam boicotados. "Desculpe, desculpe, desculpe: esses restaurantes são uma atração, mas nunca houve qualquer anti-semitismo e nunca haverá", disse o prefeito a jornalistas.
A população judaica era significante em Lviv antes da Segunda Guerra Mundial, mas foi quase totalmente exterminada por nazistas. Um dos restaurantes é uma réplica de esconderijo usado por seguidores do líder nacionalista Stepan Bandera.
O outro oferece chapéus pretos com cachos artificiais, parecidos com os usados por judeus religiosos. Não há preços no menu e espera-se que os clientes pechinchem, algo que o Simon Wiesenthal Center considera um "notório estereótipo anti-semita que ainda prevalece na Europa Oriental"
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