O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, tornou-se esta semana mais uma vítima de cartas que contêm ricina, um veneno mortal. De acordo com o departamento de polícia da cidade, duas correspondências, uma delas enviada ao grupo contra armas ilegais do qual Bloomberg faz parte, continham a substância. O atentado pode ter relação com o debate sobre as leis de armas - o prefeito faz lobby para leis mais rígidas no controle de armas. Há pouco mais de um mês, um envelope com o mesmo veneno foi interceptado no anexo dos correios do Capitólio, em Washington.
Segundo a polícia, testes iniciais foram feitos nas duas cartas, abertas em Nova York e em Washington, e a presença de ricina foi detectada. Equipes de emergência que entraram em contato com o papel apresentaram leves sintomas de exposição à substância. Um dos envelopes foi aberto no domingo, em Washington, por Mark Glaze, diretor do Grupo de Prefeitos Contra Armas Ilegais. O grupo foi fundado por Bloomberg.
A outra carta foi aberta na última sexta-feira em uma agência de correio, em Manhattan. Em comunicado, a polícia informou que ambas as ameaças eram contra Michael Bloomberg e que as cartas falavam do debate sobre as armas.
No fim de abril, Paul Kevin Curtis foi processado formalmente por suspeita de enviar um envelope com ricina ao presidente Barack Obama e a outros parlamentares.