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O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou nesta sexta-feira (21) que cinco semanas depois do início dos protestos do "Occupy Wall Street" está na hora de ser mais rígido com os manifestantes, obrigando-os a cumprir as leis.

"Vamos começar a fazer com que cumpram as leis" que determinam que os nova-iorquinos precisam pedir permissão às autoridades para se manifestarem publicamente e realizar assembléias, disse o prefeito em seu tradicional discurso de sexta-feira no rádio.

Bloomberg reconheceu que os manifestantes estão respeitando as leis, mas se disse preocupado com a possibilidade de que, depois de mais de um mês de protesto, eles possam estar interferindo no direito de outros cidadãos que desejem desfrutar essa parte da cidade.

Para um porta-voz dos manifestantes, Thorin Caristo, o prefeito demonstra "uma incapacidade de oferecer uma posição definida em relação ao movimento" fraquejando como um "pássaro diante de uma tempestade".

"Todo mundo sabe de que tempestade se trata. É a crescente preocupação nas altas esferas porque nosso movimento pode estar começando a fazer a diferença", comentou.

Caristo disse não duvidar das palavras do prefeito, mas lembrou que toda vez que a Polícia faz uso da "violência excessiva", os movimentos "crescem exponencialmente".

Na quarta-feira foi divulgado que um policial que fez uso do spray de pimenta em um grupo de manifestantes no final de setembro foi punido com a perda de 10 dias de férias depois de uma investigação do Departamento de Assuntos Internos.

Os moradores do local onde se concentra o acampamento realizaram na quinta feira uma reunião de duas horas na qual foram registrados discursos de apoio ao protesto e também queixas em relação ao barulho que fazem durante a noite.

Desde 17 de setembro, o "Occupy Wall Street" permanece acampado na Zuccotti Square para protestar pelos excessos do sistema financeiro e fazer com que "se escute a voz de 99% da população ao invés do 1% que segue enriquecendo".

Embora se concentrem na praça, os manifestantes realizaram numerosos protestos em diferentes áreas da cidade, como o bairro nobre de Upper East Side.

Segundo uma recente pesquisa da Universidade de Quinnipac, o movimento que segue ganhando apoio de algumas celebridades, conta com o respaldo de dois terços dos nova-iorquinos.

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