A Polícia Federal mexicana prendeu nesta terça-feira Jose Luis Abarca, ex-prefeito da cidade de Iguala, no sul do país, junto com sua esposa, Maria de los Angeles Pineda. Os dois são acusados de terem ordenado os ataques realizados em 26 de setembro que deixaram seis estudantes mortos e 43 desaparecidos.
Abarca e a esposa foram presos na Cidade do México. O casal está sob a custódia do Gabinete do procurador-geral, onde eles estão dando declarações. Pelo menos 56 outras pessoas foram detidas até agora por envolvimento com o caso. O chefe de polícia de Iguala ainda está foragido.
"A captura do Sr. Abarca pode nos dar pistas mais substanciais", afirmou Rogelio Ortega, governador do estado de Guerrero, onde fica Iguala. Ele assumiu o cargo na semana passada depois que seu antecessor, Anjo Aguirre, renunciou em meio ao escândalo.
Autoridades afirmam que Abarca ordenou uma ataque contra alunos de uma faculdade, acreditando que eles tinham como objetivo de interromper um discurso de Maria em um evento local. Investigadores dizem que o ataque foi realizado por policiais que trabalham com o cartel de drogas Guerreros Unidos. As autoridades dizem que Maria foi uma agente principal no cartel.
A busca pelos estudantes levou as autoridades para as colinas acima de Iguala, onde 30 corpos foram encontrados em valas comuns, mas não foram identificados até o momento como qualquer um dos alunos. Na semana passada, a procura voltou-se para um barranco perto de um depósito de lixo na cidade vizinha de Cocula, mas restos mortais ainda não foram identificados.