Atualização: O prefeito Pawel Adamowicz morreu após a cirurgia, segundo autoridades polonesas.
O prefeito da cidade polonesa de Gdansk foi esfaqueado no coração diante de centenas de pessoas durante um evento de caridade, o que deixou o político lutando entre a vida e a morte.
Pawel Adamowicz passou por uma cirurgia que durou cinco horas no hospital universitário de Gdansk. O cirurgião que o operou, Tomasz Stefaniak, disse que "sua condição é muito séria" e que "as próximas horas são decisivas".
"Adamowicz sofreu uma lesão grave no coração e outras lesões no diafragma e órgãos da cavidade abdominal", explicou ainda o médico.
Adamowicz, 53, é prefeito da cidade portuária de Gdansk desde 1998. Nas eleições regionais de 2018, ele obteve 65% dos votos.
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O ataque ocorreu pouco antes das 20h deste domingo (17h em Brasília) diante de várias centenas de pessoas, em um pódio erguido para uma campanha de arrecadação de fundos a compra de equipamentos para hospitais.
O agressor foi rapidamente preso pelos agentes de segurança sem resistência.
Prisão
Segundo um porta-voz da polícia de Gdansk, é um homem de 27 anos que vive nesta cidade báltica de cerca de meio milhão de habitantes.
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Vários meios de comunicação locais informaram que o suspeito cumpriu uma sentença de cinco anos de prisão por quatro ataques armados contra bancos de Gdansk e que sua saúde mental teria sido seriamente afetada durante seu período na prisão.
Em um vídeo do ataque postado no YouTube, é possível ver homem invadindo o pódio, atacando o prefeito com uma faca grande e fazendo gestos triunfantes ao agitar a arma.
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Depois ele pega o microfone e afirma que foi injustamente levado para a cadeia pelo governo anterior de centro, do Plataforma Cívica (PO), que o teria "torturado" na prisão.
"É por isso que Adamowicz vai morrer", acrescenta ele.
O PO apoiou a reeleição de Adamowicz no município de 2018. A investigação aberta pela polícia se concentrará na identificação dos "meios" que permitiram ao agressor acessar o pódio.
Políticos de várias tendências condenaram o esfaqueamento, incluindo opositores de Adamowicz.
O presidente polonês, Andrzej Duda, disse que planeja organizar uma marcha contra a violência e o ódio no país.