Primeiro líder estrangeiro a visitar o litoral do Japão devastado pelo tsunami, a premiê australiana, Julia Gillard, expressou choque e tristeza diante do cenário de destruição e visitou refugiados em um abrigo neste sábado, dando coalas e cangurus de brinquedo para as crianças. Andando por uma vila de pescadores, onde centenas de pessoas morreram ou ficaram desaparecidas, a premiê disse que Minamisanriku parecia como se tivesse "caído no esquecimento."
O prefeito da cidade, Jin Sato, mostrou a ela os destroços do edifício onde estava quando a onda gigantesca arrancou o teto em 11 de março. "É uma cena de incrível tragédia e inacreditável pesar", afirmou Gillard no último dia da visita de quatro dias à região.
Mais de 27 mil pessoas estão mortas ou desaparecidas, em decorrência do terremoto e do tsunami. Outras dezenas de milhares vivem em abrigos, após cerca de 90 mil lares terem sido destruídos ou danificados.
Os esforços de recuperação têm sido dificultados pela crise na usina nuclear de Fukushima Daiichi, cujos sistemas de energia e resfriamento foram afetados pelo tsunami. Trabalhadores têm lutado para impedir o vazamento de radiação, e a Tóquio Electric Power Co. - empresa que administra as operações na usina - afirma que pode levar o ano todo para assumir o controle da situação. A companhia informou neste sábado que 30 trabalhadores excederam o limite anterior de exposição à radiação. As informações são da Associated Press.