O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, discutirá nesta semana com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, medidas coordenadas de recuperação econômica e o monitoramento do sistema financeiro global.
Brown se tornará nesta terça o primeiro líder europeu a se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, em Washington, desde a posse de Obama em janeiro. "Acredito que não há desafio grande e difícil o suficiente que não possa ser superado pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pelo mundo, trabalhando juntos," escreveu Brown, no jornal Sunday Times.
"Presidente Obama e eu discutiremos nesta semana um novo acordo global, cujo impacto pode se dar desde os vilarejos africanos até as reformas nas instituições financeiras de Londres e Nova York."
Segundo o premiê, a histórica "parceria de propósitos" dos dos países deve lutar contra a crise econômica, assim como contra terrorismo, pobreza e doenças.
O Reino Unido quer o apoio dos Estados Unidos para os objetivos ousados da cúpula do G20, que reúne países emergentes e desenvolvidos e ocorrerá no dia 2 de abril, em Londres.
PLANO DE AÇÃO
Brown detalhou um plano de seis tópicos para a recuperação econômica sustentável, proposta que precisa receber o aval dos líderes mundias. Os tópicos são:
- ação universal para amenizar a recessão
- ação para dar a partida em empréstimos para famílias e negócios
- recusa do protecionismo e um mecanismo transparente para monitorar acordos
- regulação internacional mais dura
- reforma das instituições financeiras internacionais
- cooperação em políticas socioambientais
Brown enfatizou a sua admiração pelos Estados Unidos. "Quero fazer mais para fortalecer a nossa relação com os Estados Unidos," escreveu.
O premiê afirmou que a globalização é um fato, não uma opção, e defendeu a necessidade de os líderes mundiais trabalharem em conjunto. "Vejo esse novo acordo global como uma medida em que cada continente injeta recursos na sua economia," escreveu.
"O central para este novo investimento é que cada país apóie a recuperação ambiental para o futuro, concorde com princípios comuns para a regulação financeira e com mudanças no seu próprio sistema bancário."
Brown se encontrou com Obama pela última vez em Londres, no ano passado, quando o atual presidente norte-americano deixou a campanha presidencial nos Estados Unidos e fez um giro pela Europa.