David Cameron se tornou neste domingo (10) o primeiro chefe de governo britânico a tornar públicos suas declarações de impostos. A ação é uma tentativa de aplacar questionamentos sobre sua riqueza pessoal, causados pela menção de seu envolvimento em um fundo de investimentos offshore nos “Panama Papers” – o megavazamento de dados do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca. O fundo pertencia a seu pai, Ian, morto em 2010. Depois de dizer, na véspera, que poderia ter lidado melhor com as consequências dos “Panama Papers”, o premiê conservador divulgou um resumo de suas declarações de impostos dos últimos seis anos , prometeu nova lei contra a evasão fiscal e anunciou de um grupo de trabalho para investigar as revelações.
Mas a esperança de que isso encerre a questão não durou muito, já que os principais jornais deste domingo se concentraram na doação de 200 mil libras (cerca de R$ 1 milhão) a Cameron por sua mãe, em 2011, o que sugere uma forma de evitar impostos sobre a herança. Uma fonte dos jornais no gabinete de Cameron disse que o montante fora declarado e se tratava apenas de um “presente de mãe para filho”.
Alvo de protestos e pedidos de renúncia, Cameron afirmou, no sábado, que a semana foi “difícil” e discorreu sobre ela. A oposição repudiou os quatro confusos comunicados emitidos pelo gabinete antes de Cameron admitir participação na empresa com sede em um paraíso fiscal. A oposição continua a cobrar mais informações.
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