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O Reino Unido lançará uma ou mais investigações independentes sobre as suspeitas de grampos telefônicos realizados por empregados do jornal News of the World, além da investigação policial, afirmou hoje o primeiro-ministro David Cameron. Segundo ele, porém, essas apurações não podem começar tão rápido pois poderiam ameaçar a própria investigação da polícia.

O ex-diretor de comunicações de Cameron, Andy Coulson, renunciou em janeiro por causa de um escândalo envolvendo grampos telefônicos de membros da família real e de celebridades, realizado pelo News of the World enquanto ele era editor do diário.

O escândalo piorou nos últimos dias, com afirmações de que um investigador privado contratado pelo jornal grampeou o celular de Milly Dowler, uma estudante assassinada em 2002, ainda enquanto a polícia investigava o desaparecimento dela.

A polícia afirmou que parentes das vítimas dos atentados de 7 de julho de 2005, em Londres, também podem ter tido seus telefones grampeados. O News of the World é uma unidade da News International, divisão britânica da News Corp, proprietária da Dow Jones e do Wall Street Journal.

Também hoje, Graham Foulkes, uma possível vítima dos grampos, afirmou à rádio da BBC que gostaria de se encontrar com o presidente da News Corp, Rupert Murdoch, para falar sobre o caso e sobre "o poder que ele tem". O filho de Foulkes, David, morreu nos ataques terroristas de julho de 2005. Também falando à BBC, Simon Greenberg, o diretor de assuntos corporativos do braço que publica o jornal da News Corp afirmou que o encontro poderia ocorrer. "É algo que nós consideramos, sim", disse.

O Daily Telegraph informou hoje ter recebido informações de que a polícia britânica estava contatando familiares de vítimas do atentado terrorista de 2005, em meio aos temores de que eles pudessem também ter sido grampeados. O Telegraph não revelou suas fontes.

A polícia britânica informou que investigará as alegações de que policiais receberam propinas do tabloide para entregar informações. Também hoje, a Câmara dos Comuns realiza um debate emergencial sobre o caso.

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