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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, fez uma visita surpresa a Kiev nesta sexta-feira (12) para se reunir com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e anunciar um novo pacote de ajuda militar ao país no valor de 2,5 bilhões de libras (cerca de R$ 15,5 bilhões), segundo confirmou o governo britânico.
O novo pacote de ajuda será fornecido ao longo do ano e representa o maior compromisso econômico do Reino Unido com a Ucrânia desde que a invasão russa começou em fevereiro de 2022.
Zelensky pressionou os aliados ocidentais a fornecerem ao seu país mais apoio para repelir os ataques das forças de Moscou, em um momento em que outros conflitos, como o do Oriente Médio, desviaram a atenção global da Ucrânia.
Sunak afirmou que “durante dois anos, a Ucrânia lutou com grande coragem para repelir uma invasão brutal da Rússia e continuam lutando, sem vacilar na determinação de defender o seu país e defender os princípios da liberdade e da democracia”, disse o líder conservador.
“Estou aqui hoje com uma mensagem: o Reino Unido também não desistirá. Estaremos com a Ucrânia, nos seus momentos mais sombrios e nos melhores tempos que virão”, destacou.
A primeira visita de Sunak à Ucrânia aconteceu em novembro de 2022, poucas semanas depois de ter chegado a Downing Street como chefe do Executivo britânico. O premiê busca a reeleição nas próximas eleições do Reino Unido, previstas para este ano, mas enfrenta uma série de desafios políticos, incluindo a crise migratória que assola o país.
EUA interrompem ajuda a Kiev
Enquanto o governo britânico fornece mais apoio financeiro a Kiev, a Casa Branca afirmou nesta quinta-feira (11) que sua ajuda militar à Ucrânia "parou completamente" devido à falta de um acordo no Congresso para continuar apoiando o país diante da invasão da Rússia. "A assistência que estávamos fornecendo até agora foi completamente interrompida", disse John Kirby, porta-voz da Casa Branca, em uma entrevista coletiva.
O futuro da ajuda dos EUA ao país do leste europeu está sendo decidido atualmente no Congresso, onde a bancada do Partido Democrata - do presidente Joe Biden - é majoritária no Senado e a do Partido Republicano - do ex-presidente Donald Trump - controlam a Câmara dos Representantes.