O primeiro-ministro da China expressou o apoio de seu governo às mudanças radicais no mundo árabe, em uma manifestação incomum de apoio durante uma reunião com o chefe da associação de Estados muçulmanos.

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Wen Jiabao disse que a China "pede o fim da violência contra civis, apoia o apelo para a mudança nos países em questão, e espera e acredita que os governos e povos da região tenham a capacidade de resolver seus próprios problemas", informou a agência de notícias estatal Xinhua.

Jiabao discutiu assuntos do Norte de África e Ásia Ocidental, em uma reunião em Riad com Ekmeleddin Ihsanoglu, secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica (OCI), informou a Xinhua.

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Ele estava em viagem à Arábia Saudita, em meio aos esforços dos EUA para reunir apoio para intensificar as sanções econômicas contra o Irã.

Os comentários de Wen Jiabao vêm em um momento de aprofundamento da crise na Síria, embora a Xinhua não mencione nenhum país específico.

A China é normalmente cuidadosa em evitar a imagem de interferência na política interna de outros países. A OCI, o maior órgão do mundo islâmico, disse se opor à internacionalização da crise síria. O presidente sírio, Bashar al-Assad, combate um levante de 10 meses contra ele com uma violenta repressão.

Ministros da Liga Árabe vão se reunir na próxima semana para avaliar se Assad implementou um plano para acabar com derramamento de sangue na Síria. No domingo, Assad anunciou uma anistia geral para "crimes" cometidos durante a revolta.

A China vê com nervosismo as revoltas populares que varreram mundo árabe em 2011. Forças de segurança agiram com rapidez na última primavera para deter dissidentes, sentenciando alguns a campos de trabalho, para cortar pela raiz qualquer possibilidade de protestos populares no país.

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