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Premiê da Hungria manifesta apoio à entrada da Suécia na OTAN

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (7). (Foto: EFE/EPA/MAX SLOVENCIK)

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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou nesta sexta-feira (7) que apoia a entrada da Suécia na OTAN, que está pendente apenas dos votos favoráveis da própria Hungria e da Turquia.

O chefe de governo garantiu que o atraso no processo se deve ao fato de o Parlamento da Hungria - no qual o partido dele, o Fidesz, tem maioria absoluta - ainda não ter ratificado a entrada.

"O governo húngaro tomou a decisão sobre a adesão da Suécia à OTAN, e de forma positiva. Apoiamos a adesão sueca, mas o Parlamento ainda não ratificou essa decisão", afirmou Orbán em Viena, onde participou de uma cúpula sobre imigração junto com Áustria e Sérvia.

Questionado se a ratificação da Hungria será atrasada até setembro, após o recesso do Parlamento do país, Orbán disse estar em contato permanente com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, “assim como com os turcos".

Além disso, completou dizendo que a Hungria atuará se houver algo a ser feito para "não atrasar as decisões".

Stoltenberg convocou uma reunião para a próxima segunda-feira (10) com o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, para tentar chegar a um acordo antes da cúpula que a OTAN realizará na Lituânia a partir de terça-feira (11).

Hungria e Turquia são os únicos membros da OTAN que não deram voto favorável à entrada da Suécia, que pediu sua adesão há mais de um ano.

A Hungria vem atrasando a adesão da Suécia com base em argumentos que foram mudando ao longo do tempo.

No fim de 2021, a justificativa era que o Parlamento estava muito ocupado com as reformas legais que a Comissão Europeia exige para permitir o acesso a fundos econômicos bloqueados.

Posteriormente, o governo húngaro argumentou que Suécia e Finlândia tinham criticado a qualidade do Estado de Direito na Hungria.

Há analistas que enxergam esse veto como uma forma de pressionar a União Europeia para desbloquear os fundos mantidos congelados até que a Hungria prove que os usará cumprindo as normas comunitárias.

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