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O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse nesta quarta-feira (3) que a Rússia "poderia atacar a Europa em alguns anos se seus países não fortalecerem substancialmente suas capacidades militares".
Tusk fez a declaração durante entrevista coletiva em Varsóvia, ao comentar o incidente ocorrido em 29 de dezembro no qual, segundo o governo da Polônia, um míssil disparado pela Rússia entrou no espaço aéreo do país.
De acordo com o premiê polonês, Moscou poderia decidir estender sua agressão ao Ocidente "se os países europeus não tirarem conclusões da reestruturação da economia russa em termos militares e não fortalecerem significativamente seu complexo industrial militar".
"A Europa como um todo deve ser mais forte militarmente do que a Rússia", enfatizou Tusk, acrescentando que "uma grande parte do aparato de produção deste país tem se concentrado em seu rearmamento”.
Ele anunciou nesta quarta que "em um futuro próximo visitará a fronteira leste" de seu país a fim de "buscar soluções que priorizem a proteção dos poloneses".
O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, pediu nesta quarta-feira "sanções mais duras" contra a Rússia e o fornecimento de "mísseis de longo alcance à Ucrânia para que seu exército possa eliminar bases de lançamento e centros de comando em território russo”.
Após o começo da guerra na Ucrânia, Varsóvia acelerou seus planos para expandir e modernizar seu exército e, no ano passado, anunciou que seus gastos com Defesa aumentarão para 4% do Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente polonês, Andrzej Duda, confirmou em setembro que seu país gastará mais de 30 bilhões de euros em 2024 na compra de equipamentos militares, valor que, segundo ele, "impressiona o mundo inteiro e que deve servir para garantir que nenhum inimigo se atreva a atacar a Polônia”