Tunisianos que vivem na França também protestam| Foto: Reuters

O primeiro-ministro da Tunísia, Mohamed Ghannouchi, aceitou a proposta de partidos de oposição para formar um governo de coalizão, segundo um líder da oposição afirmou à Reuters neste sábado (15).

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"Discutimos a ideia de um governo de coalizão e o primeiro-ministro aceitou nossa solicitação", disse Mustafa Ben Jaafar, líder do partido Trabalhista e da União da Liberdade, que se reuniu mais cedo com Ghannouchi.

"Amanhã (domingo) haverá outra reunião com o objetivo de tirar o país desta situação e de obter reformas reais", acrescentou.

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Na sexta-feira, uma revolta nas ruas contra a repressão policial e a pobreza forçou o então presidente Zine al-Abidine Ben Ali a deixar o poder naquele país do norte da África.

Zine al Abedine Ben Ali, o segundo presidente da Tunísia após a independência da França, renunciou ao cargo que ocupava desde 1987 e, neste sábado, chegou com sua família à Arábia Saudita, segundo informou a agência de notícias oficial saudita. O ex-presidente deve permanecer no local por período indeterminado.

Ghannouchi chegou a afirmar na sexta-feira que assumiria a presidência provisoriamente, após a renúncia de Zine al-Abidine Ben Ali.

Mas, neste sábado, o Conselho Constitucional da Tunísia anunciou que, de acordo a legislação local, o porta-voz do parlamento, Fouad Mebazza, ocupará o cargo de presidente interino.

Mebazza disse à televisão estatal que pediu ao primeiro-ministro que formasse um governo de coalizão.

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"Eu solicitei a Mohamed Ghannouchi que formasse um novo governo de unidade nacional", disse ele após assumir a presidência da Tunísia provisoriamente.

O Conselho tunisiano, maior autoridade legal daquele país, afirmou que a constituição exige novas eleições presidenciais em um período de até 60 dias a partir deste sábado.

"O Conselho Constitucional anuncia que o posto de presidente está definitivamente vago, então adotamos o artigo 57 da constituição, que determina que o porta-voz do parlamento ocupe o cargo de presidente temporariamente e que eleições sejam convocadas em um período de 45 a 60 dias" afirmou o presidente do Conselho, Fathi Abd Ennather, em comunicado.