Insatisfação
Apesar da estabilidade política, a Tunísia enfrenta uma série de manifestações populares contra a crise econômica e um conjunto de impostos que foram aprovados em dezembro, em especial nas regiões mais pobres. A desigualdade motivou a revolta que derrubou o ditador Zine el-Abidine Ben Ali, em 2011.
O primeiro-ministro da Tunísia, Ali Larayedh, renunciou ontem como parte de um acordo com a oposição para concluir o processo de transição para a democracia. "Eu acabo de entregar a minha renúncia ao presidente", disse a jornalistas o premiê islamita.
"O presidente vai indicar como novo primeiro-ministro Mehdi Jomaa em breve, e ele vai apresentar seu novo gabinete nos próximos dias", revelou. Três anos após uma revolta popular contra o autocrata Zine el-Abidine Ben Ali, a Tunísia está no estágio final para estabelecer uma democracia completa antes de eleições em uma região instável.
A Tunísia, um dos países mais seculares do mundo árabe, tem sofrido com as divisões sobre o papel do Islã e o surgimento de militantes islâmicos radicais desde a revolta de 2011 que inspirou outras na região.
O assassinato de dois líderes de oposição por homens armados no ano passado fortaleceu os adversários seculares do partido islâmico Ennahda, que tomaram as ruas do país exigindo a renúncia dos membros do partido e os acusando de serem condescendentes com os radicais.O Ennahda chegou a um acordo no ano passado com o principal grupo de oposição, o Nidaa Tounes, para entregar o poder quando os partidos terminassem de escrever a nova Constituição, estabelecessem a data para uma eleição e nomeassem um conselho eleitoral para supervisionar a votação.
Protestos
Manifestantes atearam fogo em vários prédios estatais nas cidades de Feriana e Meknassy, no centro-oeste do país, durante protestos na noite de quarta-feira. A região, uma das mais pobres do país, é um dos centros dos protestos contra a crise econômica no país e o aumento de impostos.
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