Recém-nomeado primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, que liderou uma coalizão de centro-direita que venceu de forma apertada as últimas eleições legislativas no país, apresentou nesta quinta-feira (28) a composição de seu novo governo, que terá 17 ministros, incluindo sete mulheres e aliados de confiança nas pastas mais importantes.
A lista foi publicada no site da Presidência da República Portuguesa, depois que Montenegro, líder do Partido Social Democrata (PSD) - o principal da coalizão Aliança Democrática (AD), vencedora do pleito de 10 de março, - se reuniu com o presidente do país, Marcelo Rebelo de Sousa.
O novo governo, que surge após mais de oito anos com o Partido Socialista no poder, tem o mesmo número de pastas que o antecessor, liderado por António Costa, sendo que o número de secretários de Estado ainda não foi anunciado.
Entre os nomes mais proeminentes estão o ex-deputado e vice-presidente do PSD, Paulo Rangel, que será ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, e o economista e ex-líder da bancada do partido de centro-direita no Parlamento, Joaquim Miranda Sarmento, que chefiará a pasta de Estado e Finanças.
O Ministério da Economia será comandado por Pedro Reis, ex-presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal e coordenador dentro do partido. O vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, será responsável por Infraestrutura e Habitação.
O Ministério da Defesa estará nas mãos do presidente do CDS-PP - uma das forças que compõem a Aliança Democrática -, o advogado e até então deputado europeu Nuno Melo.
A ex-diretora do Serviço de Informações e Segurança de Portugal, Margarida Blasco, chefiará o Ministério da Administração Interna; a advogada Rita Judice será responsável pela pasta da Justiça, e a ex-presidente da Associação dos Farmacêuticos de Portugal, Ana Paula Martins, será responsável pela Saúde.
A composição do novo governo, que tomará posse no dia 2 de abril, foi uma surpresa mantida até o último minuto, pois, ao contrário de ocasiões anteriores, não houve vazamentos sobre quem chefiaria as pastas.
Devido aos resultados acirrados das eleições (que deram à Aliança Democrática 80 das 230 cadeiras de deputados do Parlamento), o futuro gabinete será forçado a governar por decreto, ao menos para implementar algumas das medidas incluídas no programa da coalizão de centro-direita nos primeiros meses.