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Soldados israelenses matam dois na Cisjordânia

Soldados israelenses mataram dois homens em confrontos ocor­­ridos na madrugada de ontem em um campo de refugiados pa­­lestinos na Cisjordânia, informou o médico Mohammed Edeh, diretor do Hospital de Ra­­mallah. De acordo com Edeh, um dos ho­­mens foi baleado na cabeça e o outro, no abdome.

Uma fonte nos serviços palestinos de segurança disse que os dois homens teriam atirado pe­­­dras e entrado em luta corporal com os soldados de Israel quan­­do eles entraram no campo de re­­fugiados de Qalandiya na ma­­drugada de ontem.

O exército de Israel informou que houve tumulto durante uma operação de busca e captura e que o comando militar havia sido in­­formado que dois palestinos ti­­nham ficado feridos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou uma carta à presidente Dilma Rousseff na qual afirma que a melhor solução para o impasse entre Israel e os palestinos ainda é a negociação direta entre as duas partes, sem precondições.

No texto, o premiê afirma que o reconhecimento unilateral do Estado palestino não contribuirá para solucionar os problemas na região.

A carta foi entregue pelo vice-premiê e ministro de Assuntos Estratégicos do país, Moshe Ya'a­­lon, ao chanceler Antonio Pa­­triota, em encontro que durou mais de uma hora no Itamaraty.

Na reunião, o israelense reforçou a posição da carta e ouviu de Patriota que o Brasil era "sensível às ponderações de Israel", mas votaria a favor do reconhecimen­­to palestino na Assembleia Geral da ONU e no Conselho de Segu­­ran­­ça, em setembro.

Ontem, tanto a rádio estatal de Israel como uma emissora de tevê do país afirmaram que Netanyahu está disposto a aceitar um acordo de paz com os pa­­lestinos baseado na fórmula proposta pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Essa informação, porém, não foi confirmada oficialmente pelo governo.

Em discurso pronunciado em maio, Obama havia lançado a ideia de um Estado palestino ba­­seado nas fronteiras de 1967 com intercâmbio de territórios. Na época, a proposta foi rechaçada com veemência pelo premiê.

Um dirigente israelense que não quis se identificar disse à agência France Presse que Israel se dispõe a dar "mostras de flexibilidade dentro dos esforços vi­­sando à retomada do diálogo di­­reto com os palestinos". Ana­­lis­­tas veem a suposta mudança de posição como fruto da possibilidade de que a ONU reconheça o Estado palestino.

Irã

No Brasil, o vice-premiê Ya'a­­lon pediu também que o país co­­la­­bore para o isolamento do Irã. Se­­gundo ele, os iranianos têm patrocinado com armas e dinheiro ações violentas da Primavera Árabe, levantes populares espalhados pelo Oriente Médio.

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