O primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, anunciou nesta quarta-feira (22) que suspendeu sua decisão de renunciar ao cargo. Após se reunir em Beirute com o presidente Michel Aoun, Hariri disse que permanecerá no cargo e que essa decisão abre "um novo caminho para um diálogo responsável".
"Eu apresentei hoje minha renúncia ao presidente Aoun e ele me pediu para esperar antes de oferecê-la [ao Parlamento] e continuar no cargo para permitir um diálogo sobre as razões e os problemas políticos e eu aceitei essa responsabilidade", disse o premiê em um pronunciamento televisionado.
Hariri regressou nesta terça-feira (21) a Beirute, quase três semanas após anunciar sua renúncia ao cargo e partir para a Arábia Saudita com a família de forma inesperada.
O premiê havia anunciado que renunciaria em razão de ter sido ameaçado de morte pelo grupo armado libanês Hizbullah e pelo Irã, aliado dos extremistas e principal rival da Arábia Saudita.
O chefe do governo chegou a Beirute após visitas ao presidente da França, Emmanuel Macron, e do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.
Desde o anúncio de sua renúncia, a permanência de Hariri na Arábia Saudita e o fato de não regressar ao Líbano para formalizar a demissão ao presidente da República provocaram diversas especulações. Aoun chegou a acusar o regime saudita de manter Hariri refém.
A renúncia de Hariri foi interpretada como uma nova disputa entre a Arábia Saudita sunita e o Irã xiita.
As duas potências do Oriente Médio já se enfrentam em outros assuntos regionais, como nas guerras no Iêmen e na Síria.
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