O primeiro-ministro peruano, Yehude Simon, disse nesta sexta-feira que apresentou sua renúncia, junto com a de todo o gabinete, após os violentos conflitos com indígenas amazônicos que deixaram dezenas de mortos no país.
Ele ressalvou, porém, que o presidente Alan García expressou confiança quanto à sua presença no cargo.
Simon havia afirmado antes que abandonaria o posto após solucionar os violentos protestos de nativos amazônicos, que exigiam a revogação de duas polêmicas leis de investimento na Amazônia por considerar que elas ameaçavam seus territórios.
Mas nesta quinta-feira, depois de um pedido do próprio García, o Congresso revogou os decretos legislativos para colocar fim à pior crise enfrentada pelo presidente em seu mandato.
"A decisão é do presidente. Sabe-se que no mês de julho há trocas de ministros, e nesta conjuntura difícil optou-se pela renúncia por ética com o presidente", disse Simon à rádio local RPP.
"O presidente me deu a respectiva confiança, a tornou pública. Portanto, não se deve agir com soberba", acrescentou, sem dar mais detalhes.