O primeiro-ministro do Peru, Aníbal Torres, colocou o cargo à disposição do presidente Pedro Castillo por “razões pessoais” e depois de considerar que serviu às “pessoas mais negligenciadas e esquecidas”, em uma carta divulgada nesta quarta-feira (3) em suas redes sociais.
Torres chegou ao governo como ministro da Justiça no ano passado e assumiu o cargo de chefe do gabinete em 8 de fevereiro, período em que o governo acumulou cerca de 60 ministros em diferentes pastas.
Dessa forma, o Peru terá seu quinto premiê desde que Castillo chegou ao poder, em 28 de julho do ano passado: Torres havia sido precedido por Guido Bellido (que ficou no cargo da posse do atual presidente até outubro de 2021), Mirtha Vasquez (de outubro de 2021 até o final de janeiro deste ano) e Héctor Valer (que ficou apenas uma semana no cargo, em fevereiro).
Na carta dirigida ao presidente, Torres agradeceu a Castillo pela confiança depositada nele, primeiro como ministro da Justiça e depois como primeiro-ministro. Ele também antecipou que retomará suas atividades como professor e desejou ao presidente “o maior sucesso em sua gestão”.
Com a saída do primeiro-ministro, todos os membros do gabinete deverão apresentar sua renúncia a Castillo, que terá condições de fazer todas as mudanças que julgar pertinentes no governo.
A renúncia de Torres ocorre em um momento de fragilidade para o presidente, que está sendo investigado pela procuradora da Nação, Patricia Benavides, por cinco casos de suposta corrupção por supostamente liderar uma organização criminosa dentro do governo, entre outras acusações.
Pelo menos dois dos principais envolvidos nesses casos, o ex-ministro dos Transportes Juan Silva e o sobrinho do presidente Fray Vásquez, estão foragidos da Justiça e a Polícia Nacional ofereceu uma recompensa pela sua localização e captura.
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