O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou nesta segunda-feira (30) a demissão do deputado Paul Bristow de suas funções no Ministério da Cultura do governo inglês. A decisão foi tomada devido aos comentários de Bristow que quebraram a linha oficial do governo ao pedir um cessar-fogo em Gaza, conforme informado por um porta-voz do Executivo britânico.
O deputado, que atuava como secretário parlamentar da pasta de Ciência, Inovação e Cultura, havia enviado uma carta a Sunak instando-o a apoiar "um cessar-fogo permanente" e destacando a “situação dos palestinos”, alegando que estavam sendo submetidos a uma "punição coletiva" por parte do Estado de Israel, que foi atacado por terroristas do grupo palestino Hamas no último dia 7 de outubro, ataque que matou mais de mil israelenses e resultou no sequestro de mais de 200 pessoas para serem reféns do grupo terrorista na Faixa de Gaza.
A demissão de Bristow marca o primeiro afastamento público de um membro do Executivo britânico em relação à posição oficial do governo. Sunak reiterou que a “coesão e a responsabilidade coletiva” são princípios fundamentais para os membros do atual governo, ressaltando a importância de todos os governistas falarem em “uma só voz”.
O governo de Rishi Sunak, do Partido Conservador, tem defendido consistentemente o direito de Israel à autodefesa e propõe "pausas humanitárias" para permitir a entrada de ajuda em Gaza. Contudo, a visão oficial é de que um cessar-fogo neste momento pode beneficiar o grupo terrorista palestino Hamas. (Com Agência EFE)