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Oriente Médio

Premiê do Reino Unido diz que ataque contra houthis no Iêmen foi em defesa própria

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak (Foto: EFE/EPA/TOLGA AKMEN)

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse nesta terça-feira (23) que o ataque lançado na noite desta segunda-feira (22) em conjunto com os Estados Unidos contra alvos houthis no Iêmen aconteceu de acordo com o direito internacional, em legítima defesa e em resposta a uma ameaça imediata.

Sunak compareceu perante a Câmara dos Comuns do Parlamento para informar sobre a ofensiva conjunta – a segunda com participação britânica em dez dias – que foi apoiada por Austrália, Bahrein, Canadá e Holanda.

O líder conservador garantiu que o ataque a várias posições da milícia iemenita foi calculado e tinha como objetivo reduzir sua capacidade deles de disparar contra navios mercantes no Mar Vermelho.

“Fizemos isso porque continuamos a ver, também através dos serviços de inteligência, uma ameaça real e iminente dos houthis aos navios comerciais e militares do Reino Unido e aos dos nossos parceiros, no Mar Vermelho e na região em geral”, declarou.

“Quero ser muito claro: não estamos à procura de um confronto”, disse o primeiro-ministro, que ressaltou que “os primeiros indícios da noite passada são de que todos os alvos pretendidos foram destruídos”.

Sunak afirmou ainda que nos próximos dias o Reino Unido irá expandir a sua estratégia, com uma visita à região do ministro das Relações Exteriores, David Cameron, sanções contra a milícia houthi e medidas para impedir a venda de armas ao grupo.

O primeiro-ministro frisou que não há ligação entre os ataques houthis a navios que transitam pelo Mar Vermelho e a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, apesar dos extremistas terem advertido no ano passado que atacariam embarcações com destino ao território israelense.

Por sua vez, quando tomou a palavra, o líder da oposição trabalhista, Keir Starmer, apoiou a iniciativa do governo para reforçar a segurança marítima naquela movimentada rota comercial.

Segundo um comunicado divulgado na segunda-feira, os bombardeios dos Estados Unidos e do Reino Unido contra oito posições dos houthis, que desde 2014 tentam assumir o controle do Iêmen, tiveram como objetivo destruir instalações subterrâneas onde são armazenados mísseis, bem como outros sistemas de segurança, radares e defesa aérea.

O Ministério da Defesa em Londres explicou ontem à noite que quatro caças Typhoon FGR4 da Real Força Aérea (RAF), apoiados por dois aviões-tanque Voyager, lançaram bombas guiadas de precisão Paveway ao lado dos aviões americanos.

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