O primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault, convocou neste sábado um encontro entre países europeus para tratar da gestão de fronteiras, depois que um navio com centenas de imigrantes naufragou na costa sul da Itália.
Um total de 111 corpos foi retirado da embarcação que transportava entre 450 e 500 africanos em busca de asilo - a maioria da Somália e da Eritreia - e afundou perto da ilha de Lampedusa, o primeiro ponto de entrada na Índia partindo do norte da África.
"Depois da tragédia...as autoridades políticas europeias precisam conversar e em breve", disse Ayrault durante uma reunião na cidade de Metz, no leste da França. "Cabe a elas encontrar uma solução apropriada; compaixão não é o suficiente", completou o primeiro-ministro.
Estima-se que o número final de mortos possa chegar perto de 300 o que tornaria este o pior naufrágio de refugiados no Mediterrâneo. Em 1996, um acidente também na costa italiana matou 283 pessoas. Até agora, 150 sobreviventes foram retirados das águas pelas equipes de resgate.
"Quem não se comoveu? Eu fiquei profundamente tocado com as imagens que vi (da tragédia)", revelou Ayrault. O acidente "pode apenas incitar a nossa compaixão e solidariedade, mas além das palavras, acho que é importante a Europa se preocupar com essa situação particularmente dramática", disse o premiê.
Neste sábado, pescadores de Lampedusa levaram seus barcos ao mar em gesto de luto pelas vítimas que o primeiro-ministro da Itália Enrico Letta, anunciou que serão contempladas postumamente com a nacionalidade italiana.
Equipes de resgate disseram que planejam levantar os destroços do navio no Mar Mediterrâneo, cujas águas agitadas dificultaram as buscas pelos demais corpos. A Itália pediu que à União Europeia (UE) uma ajuda maior para conter a entrada de refugiados. Cerca de 30 mil imigrantes desembarcaram no país até agora em 2013, mais que quatro vezes o total verificado em 2012. Fonte: Dow Jones Newswires.
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