O primeiro-ministro grego George Papandreou descartou no sábado a convocação de eleições antecipadas e disse que seu governo tirará o país da crise até o final do seu mandato em 2013.
O partido socialista de Papandreou PASOK está ficando para trás nas pesquisas de opinião e o governo enfrenta momentos difíceis enquanto tenta implementar medidas de austeridade impopulares para assegurar mais fundos da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
"Os cidadãos irão nos julgar em 2013", afirmou Papandreou a membros do seu partido em evento que celebrava os 37 anos da agremiação.
"Até lá, teremos conseguido tirar a Grécia da crise e teremos completado várias e importantes reformas".
Analistas políticos veem eleições antecipadas no horizonte e dizem que os próximos meses, em que os gregos voltarão das férias de verão para encarar as medidas de austeridade, serão críticos para o governo.
Papandreou terá de convencer parlamentares e uma população contrariada que o aperto valerá a pena.
O fracasso do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas pelos credores tem sido uma dificuldade adicional.
Uma autoridade do governo informou na noite de quinta-feira que o déficit orçamentário de 2011 será de pelo menos 8,6 por cento do PIB, ante uma meta de 7,6 por cento do PIB.
Na sexta-feira, conversações entre o governo e um time de inspeção da UE e do FMI foram interrompidas depois de entrarem em desacordo sobre o porquê de Atenas estar demorando a reduzir seu déficit. As discussões devem ser retomadas no dia 14 de setembro.
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