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Conflito

Premiê iraquiano encontrará Bush, apesar das ameaças

Washington – O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki, se encontrará com o presidente americano, George W. Bush, apesar das ameaças do líder radical xiita Moqtada al-Sadr de se retirar do governo, declarou ontem o conselheiro iraquiano para a segurança nacional, Muaffak al-Rubaye.

O movimento de Sadr ameaçou na sexta-feira se retirar do governo e do Parlamento se Maliki mantivesse sua reunião com Bush, prevista para os dias 29 e 30 de novembro em Amã. "Eu não tenho dúvidas de que o primeiro-ministro vai se encontrar com o presidente Bush em Amã nos próximos dias, e de que eles vão evocar assuntos muito importantes sobre o Iraque e a transferência de responsabilidades em matéria de segurança", disse Rubaye.

Na opinião do conselheiro iraquiano, a ameaça de Sadr não é séria. "Trata-se de um governo estável, que conta com o apoio das três principais comunidades e dos três principais blocos parlamentares", afirmou. Além disso, segundo ele, o governo iraquiano não seria tão afetado pela renúncia dos ministros do partido de Sadr. "Não acho que a retirada de algumas pessoas do gabinete levará a uma derrubada do governo", minimizou.

O movimento de Moqtada al-Sadr tem 30 deputados no Parlamento e vários ministros, entre os quais os da Saúde e das Comunicações.

Crise política

Nouri al Maliki pediu ontem aos dirigentes políticos de seu governo que superem as diferenças que os separam se desejam acabar com a violência que atinge o país. Maliki insistiu em que a crise que atinge o país "é política e quem pode deter a deterioração da segurança e o derramamento de mais sangue de inocentes são os políticos." Segundo o premiê, a violência é um reflexo da falta de reconciliação política entre os dirigentes do país.

O comboio do premiê iraquiano, que foi ao bairro Sadr City – palco do atentado na quinta-feira que deixou 202 mortos – para apresentar suas condolências às famílias, foi apedrejado pelos moradores.

Um representante do governo iraquiano (que não quis se identificar), no entanto, classificou o episódio como um incidente menor, no qual ninguém ficou ferido e o comboio seguiu adiante. O movimento do líder radical xiita Moqtada al Sadr acusou o governo de Maliki de não fazer o bastante para proteger os membros de sua comunidade.

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