O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, disse no sábado que suas forças de segurança, apoiadas pelos norte-americanos, estavam prontas para implementar uma grande e nova ofensiva contra grupos armados ilegais de todas as facções sectárias em Bagdá.
Maliki disse em um discurso durante uma comemoração para marcar o Dia do Exército que o plano seria implementado apesar das críticas de facções políticas: ``O plano de segurança está pronto.''
Comandantes militares em cada bairro da capital, onde um plano de segurança patrocinado pelos Estados Unidos foi lançado há cinco meses, teriam plenos poderes para implementar o plano em suas próprias áreas.
``Após uma revisão dos planos anteriores, dependeremos de nossas forças armadas para implementar este plano, e a Força Multinacional apoiará nossas forças'', disse Maliki. ``Eles vão intervir quando forem chamados.''
``Nós rejeitamos completamente qualquer interferência de quaisquer partidos políticos neste plano. Não haverá nenhum amparo neste plano para quem estiver operando fora da lei, seja qual for sua seita ou sua afiliação política'', disse o premiê, acrescentando que o plano continuaria até que os seus objetivos fossem alcançados.
``Vamos tratar duramente quem não cumprir suas ordens e que fizer seu trabalho de acordo com seu passado político ou sectário. Vamos perseguir essas pessoas segundo a lei e puni-las severamente'', disse em um discurso no monumento do Soldado Desconhecido, erguido por Saddam Hussein.
``Temos consciência de que ao implementar (o plano) vamos criar alguns inconvenientes para os moradores de Bagdá, mas eles sabem que é para o bem deles'', disse Maliki, que também defendeu a execução de Saddam há uma semana e disse que seu governo iria ``rever'' as relações com os países que não respeitaram o desejo do povo iraquiano de enforcar o ditador deposto.
Autoridades dentro do bloco islâmico xiita de Maliki no governo de unidade nacional disseram à Reuters na semana passada esperar operações limitadas contra esquadrões da morte xiitas, que começariam depois do feriado de Eid al-Adha. Os iraquianos devem voltar ao trabalho no domingo, depois de uma semana de folga.
Segundo essas autoridades, o principal alvo de tais operações seria o Exército Mehdi, leal ao clérigo radical Moqtada al-Sadr. Mas no discurso de Maliki ficou claro que os insurgentes sunitas em Bagdá também seriam um alvo do plano.
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