Primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al Sudani| Foto: EFE/EPA/THAIER AL-SUDANI / POOL
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O primeiro-ministro do Iraque, Mohammed Shia al Sudani, felicitou o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma conversa por telefone em que ambos concordaram que a associação estratégica "não deve limitar-se a questões de segurança".

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“Afirmaram seu desejo de avançar na associação estratégica e fortalecer as relações de formas que vão além do aspecto da segurança, através de uma estreita cooperação em economia, finanças, energia e tecnologia”, informou na manhã deste sábado (9) um comunicado da assessoria de imprensa de Al Sudani.

Segundo o comunicado, o chefe do governo iraquiano “lembrou Trump da sua promessa de acabar com as guerras na região (Oriente Médio), e ambas as partes concordaram em coordenar-se para atingir este objetivo”.

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Tropas de coalização internacional

A nota não fez referência, no entanto, à exigência de Bagdá de retirada do Iraque das tropas da coalizão internacional, liderada pelos EUA, que desde 2014 combatem o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no país árabe.

Bagdá e Washington negociam há meses a saída de pessoal estrangeiro do território iraquiano.

O Iraque, cuja população pertence majoritariamente ao ramo xiita do islã, liderado pelo Irã, considera que a presença de tropas da coalizão já não é necessária e que também ameaça sua segurança nacional.

A retirada destas forças internacionais tem sido um dos principais pontos de debate nos últimos anos, mas o Executivo iraquiano pediu para que fosse estabelecido um calendário de saída depois de algumas milícias pró-Irã integradas de fato ao Exército e as tropas dos EUA no Iraque terem trocado ataques na sequência da guerra na Faixa de Gaza.

“O presidente eleito americano expressou seu desejo de trabalhar positivamente com o primeiro-ministro e de se reunir num futuro próximo para discutir a expansão das relações entre o Iraque e os Estados Unidos e trabalhar nestes expedientes comuns”, concluiu o comunicado iraquiano.

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O Iraque também abriga a aglomeração de milícias pró-Irã da Resistência Islâmica no Iraque, que junto com o grupo xiita libanês Hezbollah, o palestino Hamas e os rebeldes houthis do Iêmen, constituem o chamado Eixo de Resistência anti-israelense.