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Uma subsecretária de ministério italiana foi retirada de seu cargo neste sábado (04) menos de 24 horas depois de ser empossada no novo governo de coalizão, após ter dito que os gays causavam a discriminação contra si ao "formarem panelas".

A saída prematura de Michaela Biancofiore para outro ministério se tornou um lembrete de quão delicada é a coalizão do primeiro-ministro Enrico Letta.

Grupos de defesa dos gays protestaram na sexta-feira depois de Biancofiore, uma parlamentar do partido de centro-direita O Povo da Liberdade (PDL), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, ter se tornado subsecretária no Ministério de Igualdade de Oportunidades.

Ela foi acusada de fazer comentários homofóbicos, uma acusação que nega.

Respondendo às críticas, ela disse aos jornais neste sábado: "Por pelo menos uma vez, eu gostaria de ver as associações de gays, em vez de se juntarem em panelas, dizerem algo para condenar a recente morte de mulheres (na Itália). Tudo o que fazem é defender apenas os seus interesses".

De acordo com a imprensa italiana, os comentários dela enfureceram Letta, particularmente porque ele pediu, apenas um dia antes, "sobriedade" aos membros de seu governo ao falarem publicamente.

Biancofiore, que diz ser contra o casamento gay, mas apoia a "união civil" para proteger os casais homossexuais, foi colocada no Ministério de Serviços Civis.

O governo de Letta é formado pelo Partido Democrático (PD), o PDL e centristas liderados pelo ex-premiê Mario Monti, uma aliança instável e que junta antigos inimigos políticos.

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