O Japão comemorou neste domingo o 65º aniversário de sua rendição na Segunda Guerra Mundial sem as visitas ministeriais a um santuário de guerra controverso, que regularmente provoca indignação em toda a Ásia.

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Pela primeira vez em pelo menos 25 anos, nenhum ministro do governo foi ao santuário Yasukuni, em Tóquio, um local dedicado aos 2,5 milhões de japoneses mortos em conflitos, incluindo 14 dos maiores criminosos do Japão na Segunda Guerra Mundial.

O aniversário é o primeiro celebrado desde que o Partido Democrático de centro-esquerda do novo primeiro-ministro japonês Naoto Kan, depôs no ano passado o Partido Liberal Democrata (LDP), que passou quase 50 anos ininterruptos no poder.

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Kan e o imperado Akihito, cujo pai Hirohito rendeu-se há exatamente 65 anos, participaram de um culto memorial em Tóquio e reafirmaram a promessa de que o Japão não irá entrar em guerra novamente.

"Durante a guerra, o Japão infligiu danos e dores significantes em muitos países, especialmente para os habitantes dos países asiáticos", declarou Kan na cerimônia. "Eu lamento profundamente isso e expresso minhas sinceras condolências às vítimas e a seus familiares.

O imperado Akihito afirmou, por sua vez, que "eu olho para trás na História e desejo ardentemente que as calamidades da guerra nunca mais sejam repetidas".

Antes da cerimônia, Kan visitou um cemitério nacional em Tóquio, onde colocou um buquê de flores em homenagem aos centenas de milhares de soldados japoneses mortos no exterior durante a guerra.

Mas Kan e seu gabinete não prometeram visitar o santuário de guerra Yasukuni, algo que vários membros do LDP fizeram no passado, provocando indignação na China e na península coreana, onde as memórias das atrocidades japonesas durante a guerra se recusam a desaparecer.

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Segundo a imprensa local, foi a primeira vez, desde pelo menos 1985, que o dia foi marcado pela ausência de ministros no santuário.