O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, ordenou o descarte de dois reatores nucleares da usina de Fukushima que sobreviveram ao tsunami de 2011, uma medida que ameaça complicar o plano de reestruturação apresentado a credores pela empresa que opera a planta.
Abe disse também que vai manter o compromisso que assumiu junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) de garantir a segurança da Olimpíada de 2020.
"Vou trabalhar duro contra os rumores que questionam a segurança da usina de Fukushima", disse.
O premiê, falando a repórteres após uma visita à usina na quinta-feira, afirmou ter dito à operadora Tokyo Electric Power Co (Tepco) que estabeleça prazos para lidar com a água contaminada que está vazando.
"Para que se concentrem nisso, eu ordenei a eles a desativação dos reatores número cinco e seis que estão agora ociosos", disse Abe.
Um tsunami atingiu a usina de Fukushima Daiichi em 11 de março de 2011, causando o derretimento de pastilhas de combustível, contaminando a atmosfera e o mar e provocando a retirada de 160 mil moradores da região, no pior acidente nuclear do mundo desde Chernobyl em 1986.
Autoridades tem enfrentado dificuldades recentemente para conter os vazamentos de água radioativa em Fukushima.
O presidente da Tepco, Naomi Hirose, prometeu que a empresa vai tomar uma decisão sobre a desativação dos dois reatores em até um ano, afirmou Abe.
A visita de Abe à usina, 240 quilômetros ao norte de Tóquio, ocorre depois de ele ter anunciado que o governo terá um papel mais central na limpeza da usina, no contexto da escolha de Tóquio como sede da Olimpíada de 2020.
Quatro reatores foram destruídos por derretimentos e explosões de hidrogênio. Os reatores número cinco e seis escaparam de danos mais sérios e a Tepco havia obtido permissão de considerá-los como um ativo em suas planilhas contábeis.
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