Ali Zidan (centro) fala com a imprensa após ter sido detido por ex-rebeldes| Foto: Reuters/Ismail Zitouny

O primeiro-ministro da Líbia, Ali Zidan, parabenizou nesta quinta-feira (10) os oficiais do Exército, da Polícia e os "verdadeiros revolucionários", em suas primeiras declarações após ter sido libertado de um inusitado sequestro.

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Em declarações à imprensa local, Zidan reconheceu que "há muitas questões que necessitam ser solucionadas" na Líbia e insistiu que o ocorrido hoje corresponde às "disputas políticas internas".

Zidan foi sequestrado nesta madrugada por membros de um corpo de segurança dependente do Ministério do Interior e integrado por antigos revolucionários que participaram da queda de Muammar Kadafi, sendo libertado várias horas depois graças à intervenção das forças de segurança.

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"Desejo que se solucione este problema com sabedoria e discernimento, longe de tensões e de escaladas de violência", declarou o primeiro-ministro líbio, demonstrando claros sinais de cansaço, perante os membros do Executivo na sede da Chefia do Governo.

O governante também insistiu que queria mandar uma mensagem de tranquilidade às missões diplomáticas e aos residentes estrangeiros no país, assegurando que o ocorrido corresponde às "disputas políticas internas" e que "os estrangeiros não são alvo".

Poucas horas depois de ter sido libertado, Zidan, que permaneceu várias horas retido nas mãos dos sequestradores, chegou à sede do Governo em Trípoli rodeado por um amplo dispositivo de segurança e acompanhado de vários membros do Executivo.

O primeiro-ministro foi sequestrado esta madrugada por membros de um corpo de segurança dependente do Ministério do Interior, conhecido como "A luta contra o crime", e foi libertado poucas horas depois.

O primeiro-ministro foi capturado no hotel Coríntia de Trípoli, onde reside, por um grupo de homens armados com armas leves e de médio calibre que estava em 15 veículos, segundo explicou o ministro da Justiça, Salah al Margani.

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O "Gabinete Supremo dos Revolucionários da Líbia", que, segundo a imprensa local, possui relações com o ocorrido, negou qualquer envolvimento no sequestro do primeiro-ministro líbio.

Em um comunicado divulgado pelo canal líbio "Libiya", este órgão dependente do Ministério da Defesa assegurou que "a Célula de Operações Revolucionárias da Líbia" não tiveram nenhuma participação no ocorrido.