O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, chega na segunda-feira ao Egito para uma visita que deve ser atentamente observada por Israel, que nos últimos tempos sofreu abalo nas suas relações outrora positivas com esses dois países islâmicos.
Erdogan, que vai se reunir com os chefes da junta militar egípcia, visitará também a Líbia e a Tunísia. Os três países do roteiro derrubaram neste ano regimes que duravam décadas, e a presença dele é vista como um sinal da ambição turca de estender sua influência pela região.
"Haverá certamente uma rivalidade sobre o papel regional. O Egito não está em condições de exercer tal papel no momento, então Erdogan está tentando se aproveitar disso", afirmou Adel Soliman, diretor do Centro Internacional para Estudos Estratégicos e do Futuro, do Cairo.
A Turquia vive numa crise com Israel há mais de um ano, desde que militares israelenses mataram nove ativistas turcos em um barco que tentava se aproximar da Faixa de Gaza.
Já o Egito reclamou da incursão militar israelense na península do Sinai, numa perseguição a supostos militantes palestinos, mas que resultou na morte de cinco militares egípcios. O incidente causou indignação popular no Egito, e no fim de semana uma multidão invadiu a embaixada de Israel no Cairo.
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