O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, ordenou nesta quarta-feira uma ampliação da ofensiva contra os radicais palestinos em Gaza.

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A medida foi adotada depois de o braço armado do Hamas ter disparado, pela primeira vez, um foguete contra uma grande cidade israelense.

Membros do governo israelense disseram que o premier, que lançou a operação militar na semana passada depois de um soldado ter sido capturado por radicais palestinos, também estudava a possibilidade de criar uma "zona de segurança" no norte da Faixa de Gaza a fim de impedir o disparo de foguetes.

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Um porta-voz de Olmert afirmou que uma decisão sobre ampliar a ofensiva poderia significar a reocupação de partes do território palestino.

O braço armado do Hamas atingiu a cidade costeira de Ashkelon na terça-feira com um foguete de fabricação caseira que percorreu um trecho de 12 quilômetros a partir da Faixa de Gaza.

Ninguém ficou ferido, mas, segundo Olmert, o lançamento dessa versão melhorada do foguete significava "uma escalada sem precedentes".

"Em vista do seqüestro e dos ataques constantes, entre os quais os realizados com o foguete que atingiu Ashkelon, precisamos mudar as regras do jogo a respeito de como lidar com a Autoridade Palestina e o Hamas", afirmou um comunicado do gabinete de Olmert.

Em um novo episódio de violência, integrantes do Hamas entraram em choque com soldados e tanques de Israel que ingressavam em uma área da cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, contaram testemunhas.

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Militantes afirmaram ter disparado ao menos dois foguetes antitanque, atingindo um tanque e um veículo blindado. Um porta-voz das Forças Armadas disse que uma granada lançada por foguete havia sido disparada contra os veículos.

Segundo uma autoridade de Beit Hanoun, as forças israelenses também tinham assumido o controle de algumas casas ao mesmo tempo em que centenas de moradores eram obrigados a ficar em seus lares. O Exército de Israel afirmou que verificaria o relato. Não há informações sobre vítimas.

As forças israelenses saíram da Faixa de Gaza em 2005 após 38 anos de ocupação, mas lançaram uma ofensiva após o sequestro do cabo Gilad Shalit, em uma investida realizada a partir do território palestino, em 25 de junho.

O Exército parece estar perto de realizar uma grande operação nas cidades do norte da Faixa de Gaza. As forças israelenses já invadiram o sul do território, ocupando um aeroporto desativado.

Israel também deteve oito membros do gabinete de governo comandado pelo Hamas e quase 20 parlamentares palestinos na Cisjordânia.

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Foguete provoca tumulto

O foguete do Hamas, que contava com dois propulsores e não mais com um, atingiu o pátio de uma escola do centro de Ashkelon, uma cidade com 115 mil habitantes que abriga uma importante usina de energia.

Essa é a primeira vez que uma grande cidade israelense foi atingida e o fato provocou uma agitação nos meios de comunicação do país.

"Um foguete levou mais dezenas de milhares de israelenses para dentro do círculo do terror," escreveu o colunista Amir Rappaport, no jornal "Maariv".

O Hamas diz que ataca Israel para se defender e para responder aos bombardeios aéreos contra a Faixa de Gaza e às operações terrestres na Cisjordânia realizados pelo Estado judaico.

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Dando prosseguimento aos ataques aéreos disparados todas as noites contra a Faixa de Gaza, mísseis israelenses atingiram o prédio de cinco andares do Ministério do Interior dos palestinos. Três pessoas ficaram feridas.

Os mísseis israelenses também danificaram apartamentos vizinhos, e equipes médicas tiveram de hospitalizar crianças em estado de choque.

Um outro ataque israelense destruiu salas de aula vazias no norte da Faixa de Gaza. A escola, segundo uma porta-voz das Forças Armadas, seria usada por ativistas do Hamas à noite. Ninguém ficou ferido.

Israel também deu indícios de que pode assassinar líderes do Hamas se Shalit não for libertado. O grupo islâmico, cujo governo encontra-se sob embargo internacional, rechaçou as ameaças.