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direitos humanos

Premier do Japão pede liberdade a Nobel da Paz

Manifestantes em Hong Kong pedem a liberação do ativista Liu Xiaobo, ganhador do Nobel da Paz 2010. Ele está preso na China desde 2008 | Bobby Yip/Reuters
Manifestantes em Hong Kong pedem a liberação do ativista Liu Xiaobo, ganhador do Nobel da Paz 2010. Ele está preso na China desde 2008 (Foto: Bobby Yip/Reuters)

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, disse ontem que a China deveria libertar o Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, em co­­mentários que ameaçam inflamar as relações bilaterais, já tensas por uma disputa territorial.

Kan deu a declaração no mo­­mento em que os gigantes econômicos asiáticos planejam um encontro para reparar as relações, deterioradas após o Japão prender o capitão de um navio chinês em águas disputadas pe­­las duas nações, há mais de um mês. O capitão já foi solto.

Apesar do esforço para ser di­­plomático, o premier japonês deixou clara sua posição. Ques­­tionado no Parlamento sobre se Liu deve ser libertado, Kan disse que "do ponto de vista em que os direitos humanos universais de­­vem ser protegidos além das fron­­teiras nacionais, isso é desejável".

"Junto da comunidade internacional, eu estou acompanhando para ver se ele conseguirá comparecer à cerimônia de premiação do Nobel da Paz ou se sua mulher ou membros da família comparecerão."

"Crime"

Em resposta, o porta-voz do mi­­nistério chinês das Relações Ex­­teriores afirmou ontem que a atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo equivale a "estimular o crime". "Liu Xiaobo foi considerado culpado de um crime. Con­­ceder o Prêmio Nobel equivale a estimular o crime", declarou Ma Zhaoxu.

Ele acrescentou que "as poucas pessoas parciais do comitê norueguês não têm o direito de julgar. Não se pode violar a independência da justiça chinesa", completou.

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