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O primeiro-ministro francês Dominique de Villepin fez nesta terça-feira uma visita inesperada a um subúrbio atingido por tumultos, enquanto o Parlamento se preparava para aprovar a extensão dos poderes de emergência.

Villepin viajou para Aulnay-sous-Bois, no nordeste de Paris, um dia depois de o presidente Jacques Chirac ter dito, em discurso à nação, que o mais grave tumulto civil em quase 40 anos apontava para um profundo mal-estar e crise de identidade no país.

O primeiro-ministro se encontrou com residentes locais, professores e líderes empresariais durante a visita, que não foi anunciada com antecedência. Foi a primeira vez desde o início dos distúrbios que o premier visitou uma das áreas atingidas por tumultos provocados por jovens que se sentem excluídos da sociedade de um modo geral.

- Durante o nosso encontro hoje de manhã ouvi muitas pessoas que realmente querem fazer progresso, ir para frente, realizar seus projetos, encontrar um emprego. Elas devem ser ajudadas - disse depois Villepin.

- É claro que precisamos nos mobilizar contra o sentimento de injustiça e contra a discriminação. É uma luta diária que deve mobilizar a todos nós, todo francês e toda francesa - disse Villepin, que também afirmou que será firme com aqueles que desrespeitam a lei.

Os distúrbios começaram em 27 de outubro com a morte acidental de dois jovens, que aparentemente fugiam da polícia. Em pouco tempo, se espalharam para os subúrbios pobres de cidades de toda a França. A polícia afirma que a violência "voltou quase ao nível normal". Na noite de segunda para terça-feira, mais de 200 veículos foram destruídos.

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