O primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, empossou seu novo gabinete neste sábado reiterando promessas de reformas e combate à inflação, numa tentativa de reconquistar a confiança dos eleitores.
Anunciadas na sexta-feira, as mudanças no Ministério foram ridicularizadas pela oposição como "cosméticas" e "publicidade".
"Está na hora de prosseguirmos com as reformas. Prometo que farei o possível para criar uma sociedade onde as pessoas possam viver com tranqüilidade", disse Fukuda, durante a primeira reunião de seu gabinete.
Os novos membros do Ministério foram empossados em cerimônia, ocorrida mais cedo, no Palácio Imperial.
Fukuda disse ainda que leva a sério a preocupação e queixas da população sobre o sistema previdenciário, e prometeu que logo apresentará um "plano de segurança" para os próximos dois anos, além de medidas para combater o efeito da alta nos preços dos combustíveis, alimentos e outros produtos.
A popularidade de Fukuda caiu drasticamente nos últimos meses em meio a notícias de que o governo perdeu registros previdenciários e acusações de corrupção.
O índice de aprovação do premier japonês está hoje em apenas 20%, segundo pesquisas publicadas em jornais locais, e muitos analistas acreditam que o cargo de Fukuda está por um fio.
Membros da área de defesa foram presos recentemente, acusados de suborno e evasão fiscal. Além disso, o governo admitiu no ano passado que cerca de 50 milhões de registros previdenciários foram perdidos. A revelação levou a uma derrota arrasadora do partido de Fukuda e forçou a renúncia de seu antecessor.
O novo gabinete manteve vários ministros mais relevantes, como Masahiko Komura (Relações Exteriores), Yoichi Masuzoe (Saúde) e Nobutaka Machimura, principal porta-voz do governo.
As principais mudanças foram relativas à cúpula econômica do governo, liderada por dois veteranos do partido da situação: Bunmei Ibuki, que assumiu o Ministério das Finanças, e Kaoru Yosano, novo Ministro da Economia e Política Fiscal.
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