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Gaza – O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, do Hamas, pediu ontem a suspensão das negociações com a facção moderada Fatah para a criação de um novo governo de unidade nacional, em reação ao bombardeio israelense contra sete casas num bairro residencial de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, que matou 18 civis e deixou mais de 60 feridos. Mas Haniyeh posteriormente esclareceu que espera que nos próximos dias sejam retomadas as negociações com o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas.

Um assessor de Abbas disse que o acordo poderia ser iminente. "Nosso objetivo ao suspender o diálogo é nos concentrar no que aconteceu em Beit Hanoun", disse Haniyeh, referindo-se ao local do ataque israelense. Militantes palestinos prometeram vingança. "Quero assegurar ao nosso povo que vamos retomar o diálogo sobre a formação do governo de unidade nos próximos dias", acrescentou.

Os palestinos esperam que o novo governo leve o Ocidente a suspender as sanções impostas desde a posse do gabinete do Hamas, que se recusa a reconhece a existência de Israel e renunciar à violência. "Estamos bastante perto de formar um novo governo", disse Nabil Abu Rdainah, assessor de Abbas. "O mais importante agora é que haja uma verdadeira pressão mundial para que Israel pare os massacres."

Investigação

O ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, ordenou a abertura de uma investigação relâmpago para revelar porque um bairro residencial de Beit Hanun foi atingido pela artilharia do exército. Ele deu prazo de apenas 24 horas para que o comandante das Forças Armadas, o general Dan Halutz, apresente as primeiras conclusões.

De acordo com as primeiras informações, as Forças de Defesa de Israel informaram que o alvo da bateria de 12 tiros de canhão era um grupo de militantes palestinos que, poucos minutos antes, havia lançado foguetes Qassam contra a cidade israelense de Ashkelon. O grupo, no entanto, estaria a 450 metros das casas atingidas pela bateria de tiros. Ainda não se sabe se o erro nas coordenadas foi humano ou técnico.

Peretz ordenou a suspensão imediata dos trabalhos da artilharia, estacionada na fronteira entre Israel e Gaza.

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