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Crise

Premier pede que Exército respeite Constituição após lei marcial na Tailândia

O primeiro-ministro interino tailandês, Niwatthamrong Boonsongphaisan, exortou os militares a agirem de acordo com a Constituição e sem violência nesta terça-feira, após o Exército decretar na véspera lei marcial no país, negando que se trata de um golpe de Estado.

Enquanto soldados ocupam estações de TV e rádio e bloqueiam estradas para a capital, Bangcoc, o chefe do Exército, Prayuth Chan-Ocha, instou os rivais a dialogarem para pôr fim à crise política na Tailândia. A medida vem depois de meses de crescentes tensões entre governo e oposição.

Prayuth Chan-Ocha disse a funcionários do governo nesta terça-feira que a lei marcial permanecerá em vigor até que "a paz e a ordem" sejam restauradas. Soldados se mudaram para o principal prédio do governo em Bangcoc, que foi desocupado após meses de manifestações violentas por adversários que querem se livrar de uma administração que eles classificam de corrupta.

O Exército ordenou ainda a censura da mídia, sob justificativa de manter a segurança nacional, e orientou os dois lados - manifestantes pró e antigoverno - a não marchar em qualquer lugar a fim de evitar confrontos.

Analistas avaliam que movimento poderia enfurecer os simpatizantes do governo, especialmente se for visto como um golpe. O Exército protagonizou pelo menos 11 golpes de Estado desde o fim da monarquia absoluta em 1932.

No início do mês, um tribunal ordenou que a primeira-ministra tailandesa Yingluck Sinawatra e vários membros de seu gabinete renunciassem. Ela foi substituída pelo antigo ministro do Comércio, Niwatthamrong Boonsongphaisan. O governo era favorito nas eleições de fevereiro, que foram declaradas inconstitucionais. Novas eleições foram marcadas para 20 de julho, nas a oposição promete boicotar o pleito novamente. Nesta segunda, Boonsongphaisan voltou a afirmar que não renunciará, afirmando que isso seria "um ato de negligência contrário à Constituição".

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