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O premier iraquiano, Nuri al-Maliki, fez um apelo a centenas de líderes tribais reunidos neste sábado em Bagdá para que se unam e terminem com a violência entre sunitas e xiitas.

- O Iraque precisa de todos os seus filhos neste estágio. Não há diferenças entre sunitas e xiitas - afirmou durante o encontro, o primeiro de uma série para promover o diálogo entre as duas correntes e a reconciliação nacional.

Washington tem afirmado que a repressão das forças iraquianas e americanas em Bagdá não é solução definitiva para a instabilidade iraquiana e deve vir acompanhada de iniciativas políticas.

- Sim, temos opiniões diferentes, e isso é um sinal saudável. Devemos dialogar para resolver nossos problemas - disse Maliki. - A liberação da nação de qualquer mão estrangeira não pode se dar sem unidade nacional.

Os xiitas, maioria da população iraquiana, eram oprimidos no regime de Saddam Hussein, mas agora lideram o governo de unidade nacional. Os sunitas, dominantes com Saddam, formam a espinha dorsal da insurgência de três anos.

O governo espera que os líderes tribais possam exercer a sua influência, mas ainda não é claro o quanto isso será eficaz, já que os iraquianos buscam mais e mais a orientação dos líderes religiosos.

O ministro para o Diálogo Nacional, Akram al-Hakim, afirmou à TV estatal que outras reuniões serão promovidas com clérigos, oficiais militares e grupos políticos e civis.

Um líder tribal sunita apresentou uma lista de reivindicações, incluindo um atraso de cinco anos na implementação do federalismo e o desarmamento de milícias.

Os sunitas temem que o federalismo lhes negue o acesso ao sul e ao norte do país, regiões ricas em petróleo. Eles também acusam milícias ligadas ao governo de alimentar a violência.

Num dos mais recentes episódios de violência no Iraque, homens armados atacaram uma família xiita em Baquba, mataram duas mulheres, duas crianças e feriram mais 11. Em Tikrit, um homem matou três xiitas a tiros. Quatro curdos foram mortos também a tiros perto de Kirkuk, no norte.

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